Repórter / mmferreira@redegazeta.com.br
Publicado em 16 de abril de 2025 às 17:02
A morte de um gato na Rua do Rosário, no Centro de Vitória, na terça-feira (15) trouxe à tona possíveis assassinatos de animais na região. Isso porque, ao conversar com comerciantes e moradores do entorno sobre a situação do bichano, a Polícia Civil descobriu mais cinco mortes de cachorros e gatos só no último mês. Agora, o caso é investigado pela corporação, segundo o delegado Leandro Piquet, da Delegacia Especializada de Proteção ao Meio Ambiente (Depma).
“Comecei a falar com as pessoas para entender o caso. Aí eu recebi um vídeo de um segundo cachorro que também teria sido envenenado e teria morrido também, algo que foi confirmado por outros comerciantes da localidade. E assim, cada hora que eu ia falando, as pessoas vinham com novos relatos de outros animais mortos”, disse Piquet.
O chefe da Depma contou ainda ter recebido a informação de uma moradora que um gari que faz a coleta na região teria encontrado quatro animais sem vida perto de onde o gato estava. Por pessoas sempre colocarem água e comida para os bichos, há a suspeita de que eles estejam sendo envenenados.
O laudo da morte do gato realizado pela Polícia Científica apontou lesões e hemorragia pelo corpo. Sendo elas:
Com o resultado, o delegado da Depma disse que a linha de investigação segue para descobrir se, além da chance de ser envenenamento contra os cães e felinos, está ocorrendo agressão física. “Ele (gato) pode ter apenas caído, mas também a queda pode ter acontecido por ele perder o equilíbrio ao ser envenenado”, apontou.
A morte do felino foi descoberta quando um empresário encontrou o gato e acionou a polícia. O homem recolheu o animal, após orientação dos agentes, assim como os potes de alimento e água para análise toxicológica.
Como os policiais não tiveram acesso aos corpos dos outros animais, ainda não identificaram quem seria o agente de limpeza e não há indícios de como aconteceram os traumas no gato encontrado na terça-feira, as informações ainda são imprecisas para solucionar o caso, conforme o delegado. Para ajudar no andamento da investigação, Piquet solicitou as gravações das câmeras de videomonitoramento de lojas e casas perto do local.
“A questão é pedir colaboração da sociedade para que ela denuncie os maus-tratos, denuncie a atitude suspeita de envenenamento, denuncie as lojas que vendem produtos químicos proibidos, que podem resultar em envenenamento e muitas vezes envenenamento humano. A polícia trabalha com informação, não tem jeito”, solicitou Piquet.
Os detalhes que podem ajudar nas investigações em caso de suspeita de envenenamento é conservar o local onde o possível crime pode ter acontecido. "O ambiente precisa estar íntegro. Vamos colocar essa forma: ele (animal) come e vai embora. Assim, a pessoa precisa preservar o animal, os locais onde ele acredita que o animal foi envenenado. Às vezes um pedaço de pão, um pedaço de carne, uma água. Tudo para que a gente faça a perícia e comunicar uma rápido rapidamente a Polícia Civil", frisou o delegado.
Ao ser identificada por maus-tratos, a pessoa pode ser responder à pena de 2 a 5 anos de prisão. Em caso de morte do animal, a condenação aumenta em um terço ou um quinto. Caso tenha alguma informação, procure a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente ou faça sua denúncia pelo 181.
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