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Publicado em 3 de julho de 2025 às 09:24
A Delegacia de Delitos de Trânsito (DDT) abriu uma investigação para apurar o acidente entre um carro e uma motoneta, na Praia de Itaparica, em Vila Velha (veja acima), que fez com que a aposentada Eliana Almeida de Souza Ferreira, de 56 anos, tivesse que amputar a perna. Até então, a Polícia Civil vinha informando que a vítima precisava manifestar o interesse em iniciar uma ação penal, mas, na noite de quarta-feira (2), a corporação destacou que o caso já está no radar do delegado. >
"Todas as apurações serão feitas conforme preconiza a legislação e mais detalhes não serão repassados no momento, para garantir o andamento eficiente do inquérito policial", destacou a Polícia Civil. >
O acidente aconteceu no dia 27 de junho deste ano, na Rodovia do Sol. Segundo a Polícia Militar, a colisão ocorreu quando a motociclista acessava a ES 060 pela Rua Maria de Oliveira Mares Guia e foi atingida por um automóvel que avançou o sinal vermelho.>
Depois disso, ainda segundo a PM, o motorista do carro perdeu o controle da direção e colidiu com uma árvore. Os dois ocupantes do veículo relataram que perderam a consciência com o impacto. Eles, assim como Eliana, foram levados para o hospital. >
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Conforme a PM, o motorista do carro realizou o teste do bafômetro, que acusou presença de álcool no organismo, mas com índice inferior a 0,34mg/l — o que levou apenas à aplicação de medidas administrativas.>
Eliana, que estava a caminho de um treino de crossfit quando foi atingida, ficou gravemente ferida após o acidente. Ela teve a perna amputada e está internada em coma induzido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). >
O administrador Renzo Souza Ferreira, de 34 anos, filho de Eliana, disse que, devido ao impacto da colisão, a mãe sofreu uma hemorragia grave na perna. Por conta de uma ação rápida da Guarda de Vila Velha, que prestou socorro inicialmente à vítima, foi possível conter o sangramento temporariamente. No hospital, os médicos optaram pela amputação do membro na altura da canela para preservar a vida da aposentada.>
Renzo afirmou que, conforme os médicos, a sedação foi necessária para proteger o cérebro de Eliana dos impactos do trauma e das múltiplas fraturas — no braço, cotovelo e bacia. Apesar da gravidade do estado de saúde dela, exames neurológicos indicaram que não houve comprometimento motor grave. >
Renzo conversou com o repórter Daniel Marçal, da TV Gazeta, e desabafou sobre o caso: "A gente está buscando o básico, que a justiça seja feita. A gente espera que a justiça seja feita para a gente ter pelo menos um pouco de paz". >
Ele destacou que a mãe é uma pessoa ativa, sem doenças crônicas, o que inclusive contribuiu para uma evolução considerada surpreendente no quadro clínico da aposentada. "A gente ainda nem assimilou o que vai ser daqui para frente, os cuidados que ela vai necessitar, o que vai precisar daqui para frente, sequelas que a gente ainda vai entender", revelou Renzo.>
O advogado Erik Coser, que está assessorando a família de Eliana, ressaltou as circunstâncias do acidente: "Esses três fatores juntos, da embriaguez, e se for provado que ultrapassou o sinal vermelho e estava em excesso de velocidade, nós não estamos mais diante de uma figura culposa, estamos tratando de um dolo, ele assume o risco. E a gente como sociedade não pode tolerar que isso fique impune, senão ele vai pegar uma pena muito branda". >
"A ideia é que vá para o Código Penal, porque a pena é bem maior. Isso abala a consciência de qualquer pessoa, vai atrapalhar todo o desenvolvimento que ela tinha como família, ela e o marido viviam constantemente viajando, aproveitando a aposentadoria dela, isso tudo está sendo interrompido ou talvez suspendido por um bom tempo", destacou o advogado. >
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