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Publicado em 29 de janeiro de 2025 às 07:24
Um homem de 82 anos, condenado em 2008 pelo crime de estupro, foi preso no último dia 19, um domingo, quando estava no cemitério Jardim da Paz, na Serra. A prisão ocorreu 17 anos após início do processo judicial do caso. Walter José Borges foi levado para a Delegacia Regional da Serra, onde teve o mandado de prisão cumprido, e, em seguida, foi encaminhado à Penitenciária Estadual de Vila Velha VI, onde cumpre a pena de nove anos em regime fechado.>
Walter José estava no cemitério para enterro de um filho que era médico e morreu devido a complicações de um infarto.>
Em consulta ao site do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), a reportagem de A Gazeta apurou que o processo corre desde 2006, sendo que a condenação a nove anos de reclusão em regime fechado ocorreu em 2008, e foi mantida no decorrer da ação. No mandado de prisão expedido contra Walter, consta a informação de que o processo já está tramitado em julgado, ou seja, não há mais possibilidade de recurso por parte do homem.>
"Processo findo e sentenciado, com mandado de prisão por condenação expedido, estando o feito aguardando a captura do réu", diz um trecho do despacho assinado pelo juiz Luiz Guilherme Risso em abril de 2018. Na consulta relacionada ao andamento do processo, no entanto, não há um detalhamento sobre a dinâmica do crime.>
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Sobre a prisão, a Polícia Civil informou que o homem de 82 anos foi conduzido à Delegacia Regional de Serra, onde teve o mandado cumprido. "Após os procedimentos de praxe, ele foi encaminhado ao sistema prisional.">
A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) confirmou que Walter deu entrada na Penitenciária Estadual de Vila Velha VI no último dia 19, e que permanecia preso até a publicação desta matéria.>
Procurado pela reportagem de A Gazeta, o advogado Mauro Sério dos Santos Loureiro, que fez a defesa de Walter, diz que, durante todo processo, o cliente negou veementemente o crime. >
O advogado afirma que laudos periciais da época indicavam que "não houve ofensa à integridade corporal ou à saúde da paciente" e que "a suposta vítima não sofreu agressão e não havia vestígio de conjunção carnal". Mauro ressalta que orientou que o cliente, em caso de condenação pela Justiça, cumprisse a pena.>
"Mas ele, mesmo com todo respeito ao judiciário, disse que se fosse condenado, não aceitaria cumprir pena". Apesar de atuar na defesa de Walter durante todo o processo, o advogado informou que, desde a condenação, que ocorreu em 2008, não teve mais contato direto com o cliente, preso no último dia 19.>
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