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Morto em confronto com a PM em Vitória tinha passagens pela polícia

Morto em confronto com a PM em Vitória tinha passagens pela polícia

De acordo com o Tenente Xavier, da Polícia Militar, o menor de 17 anos já tinha duas passagens por porte de armas e drogas. O adolescente morreu na noite desta quinta-feira (24) no bairro Bonfim

Publicado em 25 de junho de 2021 às 12:20

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Danilo de Souza, morto em confronto com a PM em Vitória
Danilo de Souza, morto em confronto com a PM em Vitória. (Reprodução/TV Gazeta)

O adolescente Danilo Candida de Souza, de 17 anos,  morto durante uma ação policial no bairro Bonfim na noite desta quinta-feira (24) já tinha passagens pela Justiça, segundo a polícia. Após a morte do jovem, protestos foram realizados por manifestantes na região, que chegaram a apedrejar um ônibus e tentar atacar outro. No total, cinco pessoas foram detidas.

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (25), o Tenente Xavier, da Polícia Militar, explicou que o jovem morto já é conhecido pelos policiais e pelo departamento de inteligência da corporação.

“Ele já é conhecido tanto pelas nossas guarnições quanto pelo nosso serviço de inteligência. Ele tem duas passagens anteriores pela Justiça. Uma em 2018, quando com ele foram apreendidos duas armas de fogo, grande quantidade de entorpecentes e uma granada; e uma em 2020, com uma pistola 9 mm também. Há parentes dele que têm passagens pelo crime de tráfico de drogas, dois tios e um irmão. Então já é um conhecido da polícia”, disse.

O policial também falou sobre a ação desta quinta-feira (24) que acabou em confronto e a morte do jovem. Segundo o tenente, equipes da Força Tática fazem patrulhamento diário na região e foi em uma dessas patrulhas que o confronto teve início.

Material apreendido pela polícia com jovem morto durante confronto no bairro Bonfim nesta quinta (24)
Material apreendido pela polícia com jovem morto durante confronto no bairro Bonfim nesta quinta (24). (Divulgação / Polícia Militar)

“Em um patrulhamento na Escadaria dos Trabalhadores, conhecida por um intenso tráfico de drogas e confronto com a polícia, os policiais se deparam com os indivíduos que empreenderam fuga. O menor reagiu à voz de abordagem e atirou contra os policiais e veio a ser alvejado. De pronto, as guarnições socorreram ele. Circularam em redes sociais alguns vídeos que mostram um alvoroço dos policiais querendo tirar para socorrê-lo o mais rápido possível. Nossa preocupação é em socorrer. A gente quer preservar vidas, inclusive do infrator. Mas ele deu entrada no hospital e veio a falecer”, explicou.

Ainda de acordo com o tenente, foram encontrados materiais ilícitos com o menor, como armas, munição e um rádio comunicador. “Foi apreendida uma pistola 9mm, grande quantidade de munição e um rádio comunicador. O morro é todo monitorado por rádio, quando alguém sobe os pontos já são indicados. Quem está subindo, quantas pessoas, se é um veículo policial. O rádio estava de posse dessas pessoas que foram abordadas”, afirmou.

Segundo o tenente, o jovem ainda estava com mandado de busca e apreensão emitido pela autoridade judiciária. “Ele seria preso de qualquer forma. Era um mandado por crime análogo ao tráfico de drogas”, completou.

POLICIAMENTO REFORÇADO

De acordo com a polícia, já é de conhecimento das autoridades que após ocorrências como essa aconteçam ataques e outros tipos de represália. E que para combater essas ações, existe um plano de contingenciamento que já foi colocado em prática, com policiais reforçando o patrulhamento em vários pontos da região e da cidade.

“Esse pós-evento em Vitória é muito forte. A gente já espera que isso pode acontecer. Quando foi identificado que poderia acontecer, a gente começou a movimentar o nosso plano de contingenciamento e distribuímos o policiamento nos pontos mais críticos na região em torno do morro, e até em pontos mais distantes, onde a gente sabe que a facção que comanda o tráfico no Bairro da Penha tem influência. Então, a gente está com a cidade sitiada por policiais, há reforço do Cimesp, da Força Tática, além do policiamento ordinário. A gente espera que isso vá cessar logo, até porque estamos nos precavendo para que não aconteçam novos fatos dessa natureza”, concluiu.

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