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Morte em Vitória teve trama com caso entre enteada e padrasto e até ritual

Morte em Vitória teve trama com caso entre enteada e padrasto e até ritual

Arthur Vaz Rosa Marcos foi assassinado com um tiro na cabeça no dia 13 de janeiro deste ano; Olavo da Silva Nunes, suspeito do crime, foi preso

Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 13:01

Arthur Vaz Rosa Marcos foi morto com tiro na cabeça por Olavo da Silva Nunes (em destaque)
Arthur Vaz Rosa Marcos foi morto com tiro na cabeça no Romão, em Vitória; segundo a Polícia Civil, Olavo da Silva Nunes (em destaque) é o suspeito e foi preso Crédito: Divulgação | Polícia Civil

O ex-inspetor penitenciário Olavo da Silva Nunes, de 45 anos, foi preso suspeito de matar o porteiro Arthur Vaz Rosa Marcos, em janeiro deste ano, em Vitória, com um tiro na cabeça. Segundo a Polícia Civil, a execução aconteceu após o criminoso descobrir que a mulher com quem ele se relacionava estava tendo um caso com o padrasto dela, Arthur. Conforme as investigações, Olavo era obcecado pela namorada, a ponto de fazer certos "rituais" para mantê-la com ele.

Olavo se relacionava com a mulher há aproximadamente um ano. Conforme o delegado Moreno Gontijo, adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, nesse período ele tinha uma fixação pela jovem: "Ele fazia rituais de magia, de invocação. A gente encontrou vários rituais com o nome dela, o nome dele e falsas datas de casamento entre os dois. E por essa obsessão, quando ele descobriu que ela tinha um caso com o padrasto dela, ele premeditou o homicídio do Arthur". 

O crime ocorreu no dia 13 de janeiro. Arthur disse para a esposa que iria trabalhar, mas passou a noite na casa da enteada. Quando saiu de lá, pela manhã, foi surpreendido por Olavo, que estava de tocaia no local. A vítima foi atingida na cabeça e ficou caída no quintal da casa da moça. 

Olavo fugiu. Primeiro, ele foi para a Serra. Depois, para a casa de um conhecido em Ilha da Conceição, Vila Velha. Foi lá que ele acabou localizado pelos policiais e capturado no dia 15 de janeiro. Segundo as investigações, a companheira de Olavo não teve nenhuma relação com o crime.

Ex-inspetor penitenciário

Em depoimento, Olavo não confessou o crime, mas disse que tinha porte de arma por ter sido, no passado, inspetor penitenciário em regime de designação temporária. Os policiais perguntaram, então, onde estava a pistola, mas ele alegou que havia sido roubado no dia anterior. Agora, ele vai responder por homicídio qualificado por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. 

No Portal da Transparência do governo do Estado, Olavo aparece como inspetor penitenciário em designação temporária em períodos entre 2013 a 2020. Ele também atuou como monitor de ressocialização prisional, em regime de designação temporária, no ano de 2022.

Em nota, a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou que Olavo exerceu o cargo de "inspetor penitenciário em designação temporária pelo período de 28 de novembro de 2013 a 21 de fevereiro de 2024".

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