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Líder do PCV e suspeito de articular ataques na Grande Vitória segue foragido

Líder do PCV e suspeito de articular ataques na Grande Vitória segue foragido

Bruno MM é, segundo a polícia, um dos criminosos que estiveram à frente dos múltiplos ataques ocorridos no mês de agosto, onde vários coletivos foram incendiados

João Pimassoni

Residente em Jornalismo / [email protected]

Publicado em 5 de novembro de 2025 às 18:02

Bruno MM, um dos líderes do PCV e suspeito de ordenar ataques a ônibus, segue foragido
Bruno MM, apontado como um dos líderes do Primeiro Comando de Vitória (PCV) e principal articulador dos ataques a ônibus Crédito: Divulgação Sesp

Apontado como um dos líderes do Primeiro Comando de Vitória (PCV) e principal articulador dos ataques a ônibus registrados em agosto na Grande Vitória, Bruno Trindade da Silva, conhecido como “Bruno MM”, “Tchokinho” ou “Perrengue”, segue foragido. A informação foi confirmada pela Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) durante coletiva realizada nesta quarta-feira (5).

Segundo as investigações conduzidas pelo Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), Bruno MM é considerado um dos mandantes dos ataques a ônibus que deixaram a população sem transporte e causaram pânico na Capital e na Região Metropolitana. A polícia acredita que ele tenha fugido para o Rio de Janeiro, onde mantém conexões com integrantes do Comando Vermelho.

A operação “Lei e Ordem”, deflagrada na última sexta-feira (31), resultou na prisão de José Roberto Santos de Jesus, de 42 anos, identificado como o outro responsável por coordenar os ataques. Conhecido como “gerente da maconha” no bairro Bonfim, em Vitória, José Roberto teria ordenado as ações criminosas após a morte do filho, David Pereira de Jesus, de 21 anos, em confronto com a PM no bairro da Penha.

Bruno MM, um dos líderes do PCV e suspeito de ordenar ataques a ônibus, segue foragido
José Roberto Santos de Jesus, à esquerda, e o filho dele, David Pereira de Jesus, morto em confronto com a polícia Crédito: Divulgação/Sesp

Histórico dos ataques

Os ataques começaram logo após a morte de David, e se espalharam por diferentes pontos da Grande Vitória:

  • Na Avenida Marechal Campos, um ônibus da Viação Satélite, que transportava 35 passageiros a serviço de uma empresa. O coletivo seguia para Vila Velha e, apesar do susto, ninguém se feriu;
  • Outro coletivo também foi atingido por pedras na Avenida Vitória. Na ocasião, o comandante-geral da PM, coronel Douglas Caus, informou que dois homens foram presos na Avenida Leitão da Silva com galões de gasolina que seriam usados para incendiar novos veículos;
  • Na noite do mesmo dia, outro ônibus foi incendiado na Rodovia do Contorno, próximo a André Carlone, na Serra. Segundo testemunhas, homens encapuzados mandaram passageiros saírem e atearam fogo.  Uma passageira passou mal e precisou de atendimento médico;
  • Já em Roda D’Água, em Cariacica, mais um ônibus foi queimado por criminosos.
  • Durante a série de ataques, um carro de reportagem da TV Tribuna também foi apedrejado no Bairro da Penha. Ninguém ficou ferido;
  • Uma viatura policial também foi apedrejada próximo à 1ª Delegacia Regional de Vitória.

“Esses ataques são uma forma de afrontar o Estado e demonstrar poder. Mas os mandantes serão alcançados, independentemente de onde estejam”, afirmou o delegado Gabriel Monteiro, chefe do Deic.

A Polícia Civil reforça que as investigações continuam e que uma nova fase da operação deve mirar os executores diretos dos ataques. A corporação também destaca a importância da participação popular no processo de investigação.

Orientação para a população

A Polícia Civil reforça que a população pode contribuir com informações que podem ser repassadas de forma anônima pelo Disque-Denúncia 181 ou pelo site disquedenuncia181.es.gov.br. O anonimato é garantido e todas as denúncias são verificadas.

*Este conteúdo é uma produção do 28º Curso de Residência em Jornalismo. A reportagem teve orientação e edição do editor Murilo Cuzzuol.

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