Um integrante de uma quadrilha especializada em roubar e revender iPhones foi preso em Carapina Grande, no município de Serra, na última sexta-feira (15). De acordo com as investigações, Jefferson Barros dos Santos, de 26 anos, era responsável por realizar o desbloqueio dos aparelhos, por meio de links falsos enviados às vítimas.
Para realizar a prisão dele, a Polícia Civil rastreou quatro linhas de telefones, de onde partiram as mensagens para uma vítima, roubada em fevereiro deste ano. Como ela viu que se tratava de um golpe, o bandido começou a ameaçá-la, com dados pessoais que ele possuía e com fotos de arma de fogo. Ela, então, nos procurou, explicou o delegado Romualdo Gianordoli.
Em depoimento, Jefferson admitiu o crime, mas afirmou não ser o responsável pelo roubo dos aparelhos. Ele disse que estava aprendendo a fazer o desbloqueio e que foi convidado por outros homens a entrar no esquema. Os links eram obtidos em grupos fechados de WhatsApp ou na deepweb. Por telefone, ele receberia de R$ 100 a R$ 300, detalhou Gianordoli.
Detido no Centro de Triagem, Jefferson já virou réu de uma denúncia apresentada pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e responde por três crimes: extorsão, tentativa de estelionato e organização criminosa. Com o inquérito policial concluído, o caso foi encaminhado para a Polícia Federal.
O rastreamento das linhas telefônicas também levou a uma loja de celular localizada em Belém (PA), onde 185 iPhones foram encontrados, e dos quais mais de 50 tinham restrições por furto ou roubo. O dono do comércio, Emerson Lins Lopes Cardoso, de 42 anos, está foragido e teria feito vítimas em diversos Estados brasileiros.
O preso daqui da Serra não o conhecia. Alguém, que teria feito o intermédio, afirmou que os celulares seriam vendidos no site OLX e que eles conseguiam ganhar cerca de R$ 30 mil por mês com esse esquema. Agora, a investigação seguirá para tentar identificar esses outros envolvidos, detalhou o o delegado Gianordoli.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta