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Homem suspeito de aplicar golpes é preso durante festa julina em Vitória

Homem suspeito de aplicar golpes é preso durante festa julina em Vitória

Felipe Pereira de Souza, que atuava em um escritório de fachada na Enseada do Suá, fez pelo menos três vítimas, com um prejuízo de mais de R$ 31 mil

Publicado em 17 de julho de 2025 às 17:37

Felipe Pereira de Souza foi preso em festa julina
Felipe Pereira de Souza foi preso em festa julina Crédito: PCES/Divulgação

Um homem de 26 anos, identificado pela Polícia Civil como Felipe Pereira de Souza, foi preso em uma festa julina, em Vitória, na 2ª fase da Operação Consórcio Falido. Ele é suspeito de aplicar golpes do falso consórcio imobiliário, gerando prejuízo de cerca de R$ 31 mil em três vítimas já identificadas, todas na Capital capixaba.

Segundo o titular do 3º Distrito Policial, delegado Diego Bermond, ele criava perfis falsos em redes sociais e sites de venda, anunciando imóveis que não pertenciam a ele. Quando a vítima demonstrava interesse, ele dava prosseguimento ao golpe.

“Ele trabalhava em um escritório na Enseada do Suá, se vestia muito bem, falava muito bem, e, a partir daí, a vítima entrava em contato com ele via WhatsApp ou telefone. Ele marcava com essas vítimas nesse escritório, um local de alto padrão, e lá falava para darem um valor inicial, como se fosse a entrada do imóvel, a título de adesão do contrato de consórcio”.

Posteriormente, as vítimas pagavam um valor mensal, que era transferido para uma conta própria do investigado ou de uma empresa de fachada, e quando as vítimas percebiam que não eram contempladas pela carta de crédito, elas tentavam entrar em contato, mas ele cortava qualquer tipo de comunicação.

“Estamos na fase de identificar outras vítimas e com três delas, já temos o suficiente para o indiciamento. (...) A investigação criminal ainda não terminou, mas, ao final, pretendemos representar pela prisão preventiva desse indivíduo, que já está preso cautelarmente. Acreditamos que é muito importante ele ficar segregado da sociedade", destacou. 

O delegado ainda fez alerta para que, na hora de fazer um contrato para aquisição de imóvel, a população fique atenta e verifique se aquela empresa é autêntica e está devidamente credenciada junto às instituições financeiras.

A primeira fase da operação foi deflagrada no final do mês de abril, quando o líder de uma associação criminosa suspeita de aplicar os mesmos golpes, agindo a partir de uma sala corporativa na Enseada do Suá, em Vitória, foi preso. Somadas todas as vítimas identificadas até o momento, o prejuízo causado é superior a R$ 500 mil.

Estupro de vulnerável

Felipe Pereira de Souza, cuja prisão ocorreu no dia 10, com apoio da Guarda Municipal de Vitória, mas só foi divulgada nesta quinta-feira (17), também tem passagens por atos infracionais análogos aos crimes de tráfico de drogas, porte de arma de fogo e homicídio – cometidos quando era menor de idade –, além de ter um mandado de prisão em aberto por estupro de vulnerável.

Segundo a adjunta da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegada Thais Cruz, o caso aconteceu em 2024, e foi denunciada pela mãe da vítima, uma menina de 12 anos.

"Ela tomou conhecimento porque foi surpreendida por uma mulher indo ao portão da casa dela e agredindo a filha dela por ter se envolvido com homem casado. Chamou a nossa atenção que ele é ótimo em induzir, de lábia, ele sabe como enganar uma mulher. Ele se aproveitou da idade da menina para cometer o crime. Ela manteve relação sexual com ele de forma consentida, mas ela tem 12 anos, então configura estupro de vulnerável. Antes de manter relação, ele passou dois meses conversando com ela, até que um dia eles marcaram. A DPCA tentou localizar, mas ele soube que estava sendo investigado e fugiu. Hoje já foi oferecida a denúncia, já foi recebida, e ele já responde pelo crime", explicou o delegado.

A reportagem tenta localizar a defesa e o espaço segue aberto para um posicionamento.

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