Publicado em 9 de julho de 2025 às 08:51
Um homem acusado de esfaquear a ex-companheira, com 39 anos na ocasião, e o então namorado dela, de 51 anos, foi condenado a 24 anos e 10 meses de prisão por tentativa de feminicídio e de homicídio. O crime aconteceu no bairro Inhanguetá, em Vitória, em maio de 2023. O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da 14ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital, informou que o réu, identificado como Marcelo Ribeiro, já está preso e não poderá recorrer da condenação em liberdade.>
O julgamento foi realizado na última segunda-feira (7), no Fórum Criminal de Vitória. Segundo o MPES, Marcelo recebeu a pena de 15 anos e quatro meses de prisão pela tentativa de feminicídio contra a mulher – com quem manteve um relacionamento por cerca de 13 anos – e a nove anos e seis meses por tentativa de homicídio contra o pescador, que tentou defender a namorada no momento do crime e acabou ferido.>
Os fatos ocorreram na madrugada do dia 27 de maio de 2023, na residência da mulher. Conforme a denúncia do Ministério Público, Marcelo teria invadido o imóvel armado com uma faca e atacado as vítimas com diversos golpes, motivado por ciúmes e por não aceitar o término do relacionamento dele com a mulher.>
O MPES afirmou que a ex-companheira já havia sido vítima de violência doméstica durante o relacionamento, mas disse que nunca o denunciou formalmente o agressor por medo. Após o fim do relacionamento, ela iniciou uma nova relação com o pescador, o que teria motivado a ação criminosa.>
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O órgão disse que, no momento do crime, Marcelo surpreendeu o casal dentro da residência, agrediu o pescador com golpes de faca e, em seguida, se voltou contra a ex-companheira, desferindo nela diversos golpes até ela desmaiar. O namorado da mulher conseguiu fugir e buscar socorro, enquanto o acusado, acreditando que havia matado a ex, fugiu, chegando a abandonar o próprio trabalho. Apesar dos ferimentos graves, as duas vítimas sobreviveram ao crime.>
As investigações, segundo o MPES, confirmaram que os ataques ocorreram por motivo torpe, com uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas, e em contexto de violência de gênero, em menosprezo às condições do sexo feminino, caracterizando a tentativa de feminicídio.>
A reportagem de A Gazeta tenta localizar a defesa de Marcelo Ribeiro, e deixa este espaço em aberto para uma manifestação.>
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