Publicado em 23 de outubro de 2025 às 08:28
Foi condenado a 33 anos de prisão, em regime fechado, Jessé da Silva Rangel, 63 anos, acusado de matar a facadas o enteado Cosme Eduardo de Jesus Nascimento, de 35 anos, na frente da mãe da vítima, em agosto de 2022, no bairro Maria Niobe, na Serra. O júri popular ocorreu na quarta-feira (22). >
Segundo a denúncia do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), o crime aconteceu quando Cosme tentou defender a mãe, que estava sendo agredida e ameaçada com uma faca pelo marido. >
No momento do crime, os filhos de Cosme, de 10 e 6 anos, também estavam na casa e presenciaram o corpo do pai ensanguentado.>
Os jurados condenaram Jessé por homicídio qualificado contra Cosme e por lesão corporal contra a esposa, mãe da vítima. O MPES também havia pedido a condenação por tentar matar a mulher, mas os jurados entenderam que ele agrediu a esposa e não que ele tentou matá-la. >
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Na sentença, a juíza Lívia Regina Savergnini Bissoli afirmou que o réu demonstrou “grande desapego à vida humana”. Destacou ainda que, ao matar a vítima, Jessé privou os filhos de Cosme do direito de ter e conviver com o pai, ressaltando que as crianças enfrentaram dificuldades financeiras após a morte dele.>
Tanto o Ministério Público quanto a defesa anunciaram que vão recorrer da decisão. O MPES busca o reconhecimento da tentativa de feminicídio, o que aumentaria a pena. Já a defesa pretende solicitar um novo julgamento ou a redução da pena, alegando que Jessé teria agido em legítima defesa, ao ser supostamente atacado pelo enteado com a faca.>
O crime ocorreu durante uma briga, na casa onde os envolvidos moravam. Foi a mãe da vítima quem acionou a Polícia Militar, informando que o filho havia sido esfaqueado pelo ex-marido dela, que ainda vivia na residência. A mãe relata ter vivido 15 anos ao lado do suspeito, em uma rotina de ameaças e agressões. Ele não queria sair de casa, apesar dos pedidos dela. >
Mãe de Cosme Eduardo Nascimento
Em entrevista ao site A Gazeta em 2022A mãe de Cosme Eduardo também afirmou à reportagem de A Gazeta na época que fez um boletim de ocorrência contra Jessé da Silva Rangel três dias após o crime, cometido no bairro Maria Niobe. No entanto, ela diz que não tem condições financeiras de procurar um advogado.>
* Com informações de Caíque Verli, da TV Gazeta. >
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