Repórter / [email protected]
Publicado em 18 de junho de 2021 às 16:56
A fisioterapeuta intensivista Caroliny Frisso, de 25 anos, moradora de Cariacica, foi vítima de um golpe praticado através do PicPay no último dia 3 de junho. Dois criminosos conseguiram acessar a conta da jovem no aplicativo de pagamento e transferir o valor de R$ 20 mil para suas respectivas contas de Pix – sistema de pagamento instantâneo eletrônico. Após perceber que foi vítima da ação criminosa, ela entrou em contato com o aplicativo e registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil. Após duas semanas de aflição e sem saber se conseguiria reaver o dinheiro, a jovem foi ressarcida do prejuízo nesta quinta-feira (17). >
Segundo Caroliny, ela estava voltando do trabalho quando recebeu uma mensagem do PicPay informando que houve uma tentativa de acesso à conta dela. Quando entrou no aplicativo, a jovem percebeu que todo o saldo disponível na carteira digital havia desaparecido.>
"Como eu estava com o celular na mão, logo entrei no PicPay e já haviam tirado todo o valor que eu tinha lá, com várias transações de Pix para as contas dos dois criminosos. Consegui tirar vários prints das transações, mas fiquei desesperada. Eles iam fazendo o Pix e apagando o histórico. Minha sorte foi que entrei na hora e vi tudo. Pesquisei os nomes deles no Google e vi que contra os dois há mais de 30 processos por golpe. Na mesma hora liguei para o PicPay. No dia 5 (de junho) recebi um primeiro retorno por e-mail", conta.>
Assim que recebeu a primeira resposta por parte da administração do aplicativo, Caroliny respondeu o e-mail dizendo aguardar uma solução. "Liguei e cobrei uma resposta. Mas quem atende não é diretamente o relacionamento interno. Até esta quarta-feira (16), não havia resposta deles. Foi quando resolvi procurar a polícia aqui em Cariacica", explica. >
>
Caroliny Frisso
Fisioterapeuta intensivistaDemandada pela reportagem de A Gazeta, a Polícia Civil informou que o caso está sob investigação da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) e que, para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação será repassada. >
Já o PicPay esclareceu à reportagem que não houve vazamento de dados. Em nota, o aplicativo de pagamento informou que a usuária recebeu o estorno do valor referente ao ocorrido e que "o time responsável também entrou em contato com a cliente para esclarecer a situação e sanar dúvidas".>
"O PicPay ressalta que a prioridade da companhia é oferecer uma experiência segura e de qualidade aos seus usuários, e que conta com times dedicados a mitigar, monitorar e controlar quaisquer riscos em tempo real", finaliza o aplicativo em nota.>
Também questionado, o Banco Central do Brasil, responsável pelo gerenciamento do Pix, informou que faz o monitoramento e a supervisão das instituições financeiras, mas que não tem competência para investigar crimes que envolvam golpes, o que, neste caso, cabe à polícia. Além disso, o BC afirmou que vem adotando medidas para ampliar a conscientização dos usuários sobre como evitar golpes como, por exemplo, reforçar as informações disponíveis no site do Banco Central, tanto na página do Pix como nas perguntas frequentes do Pix e de alerta golpes, além da participação em eventos e campanhas para promoção da segurança digital. >
Confira trecho da nota: >
"O Pix conta com "motores antifraude" operados pelas instituições que ofertam o serviço, que permitem identificar transações atípicas, fora de perfil do usuário, bloqueando para análise as transações suspeitas por até 30 minutos, durante o dia, ou 60 minutos à noite e rejeitando aquelas que não se confirmarem uma transação segura. >
O Pix, assim como outros meios eletrônicos, terá transações integralmente rastreáveis, por serem operações de conta a conta. Ou seja, o destinatário de uma transferência financeira em situação de sequestro ou outro meio de coação ilícita é totalmente identificado.>
O Pix apresenta segurança superior aos demais instrumentos de pagamento nos crimes 'sem contato pessoal', considerando as exigências de autenticação robusta utilizando senha, biometria ou reconhecimento facial.>
Como qualquer outro meio de pagamento, o Pix não está livre de tentativas de golpes, principalmente em relação à engenharia social, que se aproveitam da inocência do usuário. Portanto, é essencial que as pessoas se informem e fiquem atentas". >
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta