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Publicado em 23 de maio de 2025 às 14:55
Um conflito no pagamento de um automóvel vendido por Thony Ribeiro Venturi, de 36 anos, e Vitor Fernandes Gomes, de 39, em Atílio Vivácqua, Sul do Espírito Santo, motivou a morte a tiros dos comerciantes, na tarde de quarta-feira (21). Segundo o titular da delegacia do município, Estêvão Oggione Leite, a investigação aponta que o suspeito Ésio Luiz Tosta Cansian, de 27 anos, estava sendo pressionado a quitar a dívida. Ele foi preso na tarde de quinta-feira (22).>
O corpo de Thony foi encontrado por um morador da região no chão, próximo à caminhonete Hillux. Já Vitor foi localizado sentado no banco do carona. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu. >
Logo após o crime, ainda na quarta, a Polícia Civil (PC) montou uma força-tarefa para investigar o caso. Na quinta, militares estiveram no local dos assassinatos, em apoio à PC, e localizaram uma arma de fogo calibre 38 com uma munição intacta e quatro deflagradas. O armamento foi encontrado a cerca de 50 metros do local onde testemunhas viram o suspeito após o crime.>
Em seguida, policiais militares e civis foram até a casa do suspeito, onde Ésio foi encontrado em seu quarto e detido. "Ele foi conduzido à Delegacia Regional de Cachoeiro de Itapemirim, onde foi dado cumprimento ao mandado de prisão temporária que havíamos representado junto ao Poder Judiciário”, informou o delegado. >
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Além do mandado de prisão temporária que havia contra Ésio, o suspeito também foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, na modalidade ocultação. Trata-se da arma localizada em uma área de mata a poucos metros de onde o crime aconteceu. >
Segundo o titular da Delegacia de Polícia de Atílio Vivacqua, durante entrevista, o suspeito confessou a autoria dos crimes. Em conversa com policiais, Ésio relatou que "o motivo dos homicídios estaria relacionado a um desacordo comercial envolvendo veículos”, afirmou Oggione. >
“Na delegacia, ele preferiu exercer o direito constitucional de ficar em silêncio. Mas averiguamos, através de provas testemunhais e também no acesso ao telefone das vítimas, que havia uma transação comercial da compra veículo no valor de R$ 240 mil que foi intermediada pelas vítimas. Ele teria passado dois cheques, só que eles foram sustados. E, dessa forma, não foi feito o pagamento. Então as vítimas o estavam pressionando a pagar”, contou o delegado.>
Ainda segundo Oggione, uma pessoa ouvida pela polícia reconheceu a arma aprendida como sendo do suspeito, que teria tentado vendê-la dias antes do caso. >
Nesta sexta-feira (23), um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa do suspeito. Além de um estojo de munição, a Polícia Civil apreendeu roupas que teriam sido usadas no dia do crime. Após os procedimentos de praxe, o suspeito foi encaminhado ao sistema prisional. O caso, explicou o delegado, segue em investigação.>
No sábado (24), Ésio passou por audiência de custódia sobre a prisão em flagrante pelos crimes de porte ilegal e ocultação. A Justiça concedeu liberdade provisória, mediante o pagamento de fiança de R$ 5 mil e o cumprimento de medidas cautelares. No entanto, o suspeito segue no sistema prisional, em cumprimento ao mandado de prisão pelos homicídios. >
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