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Diarista foi morta em Vila Velha com requinte de crueldade, diz delegado

Diarista foi morta em Vila Velha com requinte de crueldade, diz delegado

Corpo de Iraci de Souza Teixeira, de 66 anos, foi encontrado com pés e mãos amarrados e afundamento de crânio; polícia investiga homem preso na região com uma arma

Felipe Sena

Repórter / fsena@redegazeta.com.br

Publicado em 2 de maio de 2025 às 09:19

 - Atualizado há 16 dias

Corpo da empregada doméstica Iraci de Souza Teixeira foi encontrado em área de mata em Vale Encantado
Corpo da empregada doméstica Iraci de Souza Teixeira foi encontrado em área de mata em Vale Encantado Crédito: Bernardo Bracony

A morte da diarista Iraci de Souza Teixeira, de 66 anos, foi cometida com requintes de crueldade, segundo afirmou o delegado-geral da Polícia Civil do Espírito Santo, José Darcy Arruda em entrevista ao programa Bom Dia ES, da TV Gazeta, na manhã desta sexta-feira (2). A empregada doméstica estava desaparecida desde o último sábado (26) e o corpo dela foi encontrado na quinta-feira (1º), em um terreno em Vale Encantado, Vila Velha, mesmo bairro onde ela morava.

O corpo foi encontrado com pés e mãos amarrados e afundamento de crânio. Isso nos leva a crer que a pessoa que fez isso agiu com requinte de crueldade. É alguém que não queria que fosse descoberto, por isso enterrou a vítima

José Darcy Arruda

Delegado-geral da Polícia Civil do Espírito Santo
Corpo de Iraci de Souza Teixeira, de 66 anos, foi encontrado com pés e mãos amarrados e afundamento de crânio; polícia investiga homem preso na região com uma arma

O corpo da diarista foi localizado em estado avançado de decomposição por um amigo da família que ajudava nas buscas. Iraci havia saído de casa por volta das 8h15 do dia 26 de abril para caminhar na região conhecida como “Reta do Vale”, perto da Escola Municipal Joffre Fraga, e não voltou mais.

Conforme a investigação, o corpo apresentava sinais de agressão violenta. Segundo o investigador Walter Santana, havia afundamento bilateral no crânio, e as mãos e os pés estavam amarrados com uma camisa branca, com os braços para trás.

Uma chave foi encontrada junto ao corpo, mas o cartão de crédito que Iraci levava não foi localizado. Os trabalhos iniciais da perícia, realizados ainda no local onde o corpo foi encontrado, apontaram, segundo o investigador, que provavelmente as lesões foram provocadas por um instrumento contundente.

A Polícia Civil ainda aguarda o laudo do Instituto Médico Legal, em Vitória, para confirmação oficial da identidade e da causa da morte, mas familiares já reconheceram o corpo pelas roupas. Segundo a major da Polícia Militar Samiramis Baldotto Silva Lessa, para quem Iraci já prestou serviços, a diarista estava com as mesmas roupas do dia em que desapareceu.

“Quando falamos em homicídio, dizemos que corpo conta sua própria história”, disse José Darcy Arruda. Ele afirmou ainda que há diferentes possibilidades sendo consideradas. “Pode ter acontecido uma oportunidade, alguém a viu e decidiu roubar ou fazer outra coisa. Ou pode ter relação com algo que ela estava vivendo e que ainda precisamos descobrir.”

Polícia investiga homem preso com arma

A Polícia Civil investiga a possível ligação de um homem preso por porte ilegal de arma na última quinta-feira (1º) com a morte da diarista Iraci de Souza Teixeira, de 66 anos, em Vila Velha. O suspeito foi detido pela Polícia Militar nas proximidades da casa onde a vítima morava, no bairro Vale Encantado.

Segundo o titular da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), o delegado Luiz Gustavo Ximenes, a prisão ocorreu horas após o corpo de Iraci ter sido encontrado em um terreno no final da rua Monte Sinai, próximo à Rodovia Leste-Oeste.

“Ele foi autuado por porte ilegal de arma de fogo. Estão sendo realizados levantamentos para ver a participação desse indivíduo, se ele realmente participou desse crime”, afirmou Ximenes.

Iraci de Souza Teixeira, conhecida como Graça, desapareceu na manhã do dia 26 de abril por Acervo familiar
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