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Criminosos dão tiros de fuzil para o alto após enterro de adolescente

Criminosos dão tiros de fuzil para o alto após enterro de adolescente

Tiros foram dados na região conhecida como Pedrinha, onde Caio Matheus teria sido morto na última sexta-feira (14) durante uma operação da Polícia Civil

Publicado em 15 de fevereiro de 2020 às 18:09

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Vídeos que circulam nas redes sociais neste sábado (15) mostram criminosos fazendo disparos para o alto com armas de grosso calibre em um morro de Vitória. Nas imagens é possível ver a Pedra dos Dois Olhos e o Mestre Álvaro, o que comprovam que o vídeo foi gravado na capital. Os autores das imagens também mostram uma bandeira preta com a palavra luto. A cena teria sido gravada  minutos depois do enterro de Caio Matheus Silva Santos, morto durante uma operação da Polícia Civil na última sexta-feira (14), no bairro do Bonfim.

Moradores afirmaram à reportagem de A Gazeta que o local filmado é conhecido como Pedrinha, no bairro do Bonfim, onde o jovem foi morto. O sepultamento ocorreu por volta das 10h e logo depois, às 10h20, houve uma grande queima de fogos. O barulho pode ser ouvido em diversos pontos da Capital, como nas avenidas Leitão da Silva, Maruípe e Marechal Campos.

O QUE DIZ  A SESP

A Secretaria da Segurança Pública do Estado (Sesp) informa que investiga e monitora, por meio da Gerência de Inteligência, todas as atividades criminosas na região, diariamente. Mas, sobre os vídeos de tiros de fuzil no morro, a secretaria diz que “não há como confirmar data, local e nem identificar criminosos por meio dessas imagens, assim como associar ao fato ocorrido no Bairro da Penha, na última sexta-feira.”

Nesta sexta, após a morte do jovem, Vitória viveu momentos de terror, com atos de vandalismo espalhados em diferentes pontos da capital. Criminosos encapuzados quebraram vitrines, ônibus, automóveis e obrigaram comerciantes a fecharem as portas.

Tiros de fuzil teriam sido dados na região conhecida como Pedrinha, onde Caio Matheus teria morrido. (Reprodução)

FAMÍLIA: MENOR NÃO ATIROU NA POLÍCIA

Após o enterro do filho, a mãe de Caio, Ronara Silva Santos, disse que a família vai lutar para que uma resposta seja dada pelas autoridades. “Ele subiu para fumar maconha, era usuário. Mas os policiais chegaram atirando”, afirmou, sobre a versão da família.

Caio tinha 17 anos, era morador do Bairro da Penha e morava com a mãe, que está grávida de sete meses, o padrasto e mais quatro irmãos. A família, que é de São Paulo, se mudou para o Espírito Santo em 2011, em busca de trabalho. Segundo o padrasto de Caio, o enteado não era traficante, mas tinha amigos que estava no tráfico e gostava de tirar fotos com armas.

HIERARQUIA DO TRÁFICO

Em entrevista nesta sexta-feira (14), o secretário de Estado de Segurança Pública, Roberto Sá, disse que Caio tinha uma importância hierárquica do tráfico. O governador Renato Casagrande (PSB) afirmou que “um líder e membro de um grupo criminoso perdeu a vida em um enfrentamento, e isso causou uma reação, que foi imediatamente combatida.”

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Segundo um relatório policial, que A Gazeta teve acesso, Caio foi visto com outras três pessoas no alto de uma pedra, “a uma distância aproximada de 400 metros” do local onde estava a equipe do Core, da Polícia Civil. Ao se aproximarem, o relatório diz que policiais foram recebidos por tiros.

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