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Publicado em 13 de junho de 2025 às 14:15
Foragido do sistema prisional desde 2017, Wanderli Albano da Silva foi preso na quinta-feira (12), em Cariacica, com o uso de um sistema de reconhecimento facial. Ele é suspeito de matar e ocultar o corpo do motorista por aplicativo Anderson Luiz Lira, em junho de 2020. >
Tendo passado tanto tempo e com mudanças na face, a prisão só foi possível, pois, segundo o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Leonardo Damasceno, a tecnologia de reconhecimento calcula as métricas do rosto da pessoa.>
“E com essas métricas o algoritmo produz um número, por isso, nós temos um grau de certeza tão grande quando o sistema está funcionando. Pegamos fotos que temos, seja de identidade civil ou outro banco de dados, criminal, e comparamos com a foto atual do indivíduo passando com boné, com óculos, com barba, sem barba, mais envelhecido e o sistema consegue reconhecer”, comentou o secretário. >
Funcionamento:>
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O sistema é um projeto-piloto em funcionamento no Espírito Santo desde novembro do ano passado. Até o momento, foram 150 pessoas capturadas, já contando com Wanderli.>
“Cinco anos depois, esse indivíduo é preso graças à tecnologia. Então, para nós é um momento importante para fechar o ciclo da justiça”, disse Leonardo Damasceno.>
No dia 3 de junho de 2020, Wanderli e Leonardo Cintra pediram uma corrida via aplicativo. Em Jacaraípe, na Serra, eles anunciaram o assalto e o motorista, Anderson Luiz Lira, na época com 31 anos, reagiu.>
Segundo o subsecretário de Inteligência da Sesp, Romualdo Gianordoli Neto, os criminosos aplicaram um mata-leão. Depois, efetuaram um disparo no maxilar da vítima.>
“A primeira intenção deles era apenas roubar o veículo e os pertences, mas a coisa saiu do controle. Então, eles roubaram e ocultam o cadáver, enterrando Anderson na areia”, explicou Gianordoli. >
No dia 5 de junho daquele ano, o carro da vítima apareceu carbonizado. No dia 8 do mesmo mês, Leonardo e Wanderli tiveram um desentendimento e se agrediram. Leonardo chamou a polícia por conta das agressões e contou que tinha enterrado o corpo do motorista a mando de Wanderli.>
Wanderli vai responder por latrocínio e ocultação de cadáver. Ele já tem passagens por roubo e porte ilegal de arma de fogo. >
Wanderli foi preso quando passava em uma das câmeras de reconhecimento facial em uma região de Cariacica. Segundo o superintendente de Polícia Interestadual e Captura (Supic), delegado Julio Cesar, a abordagem foi tranquila.>
Após ser reconhecido, a equipe mais próxima tem até 15 segundos para ser acionada.>
“Essa questão da surpresa e da agilidade é importante para conseguir prender o suspeito. É fundamental para evitar dano colateral”, disse o delegado Julio Cesar. >
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