Publicado em 1 de janeiro de 2020 às 19:33
Edina Martins de Souza Gimenez, de 39 anos, era autônoma e trabalhava vendendo empadas na praia e também na feirinha de Jacaraípe, na Serra. Ela havia preparado o produto para trabalhar no primeiro dia do ano, mas teve a vida interrompida de forma violenta e sem chances de defesa. >
A mulher morreu após levar uma facada no peito na manhã desta quarta-feira (1). O marido dela é apontado como suspeito do crime, segundo informações da Polícia Civil.>
De acordo com a irmã da vítima, Márcia Martins de Souza, a autônoma estava em seu segundo casamento, que foi marcado por várias brigas, inclusive com registro de agressão. O casal estava separado há três meses e o suspeito não aceitava o fim do relacionamento. >
Márcia Martins de Souza
Irmã da vítimaEdina tinha duas filhas, uma de 18 anos, do primeiro casamento, e outra de 7, fruto do relacionamento com o suspeito do crime. A autônoma, inclusive tinha acaba de se tornar avó. A filha dela tem um bebê de seis meses. >
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"Minha irmã mudou para Jacaraípe há cerca de cinco anos por causa do marido, que trabalha em Marechal Floriano. Edina sempre foi muito trabalhadora e todos gostavam muito dela, que era muito extrovertida e querida por todos. Com a separação, ela queria seguir em frente e ser feliz", conta Márcia. >
A família veio de Vila Valério para reconhecer o corpo de Edina, que será levado para a cidade natal para ser enterrado. A previsão é de que o sepultamento ocorra nesta quinta-feira (2). >
O crime é o primeiro registro de feminicídio quando uma mulher é assassinada pela simples condição de ser mulher, como nesses casos em que o companheiro parte para a violência quando ela tenta terminar o relacionamento de 2020.>
Já a partir deste primeiro dia do ano, A Gazeta passa a contar numericamente todos os casos de feminicídio no Espírito Santo. A intenção é que, por meio dessa ferramenta, as histórias fiquem registradas, além de servir de alerta para tentar inibir novos crimes e buscar respostas das autoridades.>
A iniciativa faz parte do projeto Todas Elas, que entra na rotina da redação A Gazeta/CBN Vitória a partir de hoje, e que pretende dar visibilidade para as várias formas de violência contra a mulher e as maneiras de enfrentá-las. >
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