> >
'Com a separação, Edina só queria seguir em frente e ser feliz'

"Com a separação, Edina só queria seguir em frente e ser feliz"

Edina Martins de Souza Gimenez, morta com uma facada no peito, tinha acabado de se tornar avó e vendia empadas na praia. O  marido dela é o principal suspeito do crime

Publicado em 1 de janeiro de 2020 às 19:33

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Edina Martins de Souza Gimenez foi morta com uma facada no peito. (Reprodução / facebook)

Edina Martins de Souza Gimenez, de 39 anos, era autônoma e trabalhava vendendo empadas na praia e também na feirinha de Jacaraípe, na Serra. Ela havia preparado o produto para trabalhar no primeiro dia do ano, mas teve a vida interrompida de forma violenta e sem chances de defesa.

A mulher morreu após levar uma facada no peito na manhã desta quarta-feira (1). O marido dela é apontado como suspeito do crime, segundo informações da Polícia Civil.

De acordo com a irmã da vítima, Márcia Martins de Souza, a autônoma estava em seu segundo casamento, que foi marcado por várias brigas, inclusive com registro de agressão. O casal estava separado há três meses e o suspeito não aceitava o fim do relacionamento. 

Aspas de citação

Ele fazia ameaças. A família já havia, inclusive, orientado Edina a registrar um boletim de ocorrência na polícia. Ela dizia que não aguentava mais esta situação. Estamos todos muito abalados pela tragédia

Márcia Martins de Souza
Irmã da vítima
Aspas de citação

Edina tinha duas filhas, uma de 18 anos, do primeiro casamento, e outra de 7, fruto do relacionamento com o suspeito do crime. A autônoma, inclusive tinha acaba de se tornar avó. A filha dela tem um bebê de seis meses. 

"Minha irmã mudou para Jacaraípe há cerca de cinco anos por causa do marido, que trabalha em Marechal Floriano. Edina sempre foi muito trabalhadora e todos gostavam muito dela, que era muito extrovertida e querida por todos. Com a separação, ela queria seguir em frente e ser feliz", conta Márcia. 

A família veio de Vila Valério para reconhecer o corpo de Edina, que será levado para a cidade natal para ser enterrado. A previsão é de que o sepultamento ocorra nesta quinta-feira (2).

Edina Martins de Souza Gimenez foi assassinada a facadas na Serra. (Reprodução / Facebook)

FEMINICÍDIO NO ES

O crime é o primeiro registro de feminicídio – quando uma mulher é assassinada pela simples condição de ser mulher, como nesses casos em que o companheiro parte para a violência quando ela tenta terminar o relacionamento – de 2020.

Já a partir deste primeiro dia do ano, A Gazeta passa a contar numericamente todos os casos de feminicídio no Espírito Santo. A intenção é que, por meio dessa ferramenta, as histórias fiquem registradas, além de servir de alerta para tentar inibir novos crimes e buscar respostas das autoridades.

A iniciativa faz parte do projeto Todas Elas, que entra na rotina da redação A Gazeta/CBN Vitória a partir de hoje, e que pretende dar visibilidade para as várias formas de violência contra a mulher e as maneiras de enfrentá-las.   

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais