> >
Capixaba é morta pelo companheiro na frente dos filhos em Portugal

Capixaba é morta pelo companheiro na frente dos filhos em Portugal

Helena Anacleto é natural de Água Doce do Norte e morava havia 13 anos em Portugal. Ela foi degolada com um estilete pelo companheiro no apartamento em que moravam, na cidade de Leiria

Publicado em 30 de dezembro de 2019 às 15:02

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Helena Anacleto foi morta em seu apartamento em Portugal. O companheiro, Adilson Venâncio, é acusado de cometer o crime. (Reprodução)

Uma garçonete capixaba foi morta pelo companheiro na noite da última sexta-feira (27) na cidade de Leiria, em Portugal. Segundo jornais portugueses, Helena Anacleto, de 36 anos, foi degolada com um estilete por Adilson Venâncio, de 35 anos. Os dois são de Água Doce do Norte, no Noroeste do Estado. Os dois filhos dela, uma menina de dois anos e um menino de seis, presenciaram o crime.

A família da vítima, que ainda mora no Espírito Santo, tenta reunir recursos para trazer o corpo de Helena e os dois filhos para o Brasil. Segundo os familiares, o casal teria reatado há seis meses, mas brigavam com certa frequência. Helena, que morava no país havia 13 anos, quem conseguiu emprego para que Adilson fosse trabalhar em Portugal. O casal viveu cerca de um ano junto, mas os dois terminaram o relacionamento.

Amigos de Helena que viviam com ela na Europa contaram ao jornal português JN que a vítima já estava decidida a pôr um fim à relação e que teria relatado agressões do companheiro. 

Helena era a mais nova de seis irmãos. Eleni Anacleto, irmã da vítima, conta que a família ainda está sem acreditar no crime.

Aspas de citação

Foi um baque muito grande. A gente já sabia que o relacionamento deles não estava bem, mas ela nunca contou de agressão. Nunca achamos que iria chegar a um ponto desses. O sentimento nosso agora é de unir forças e recursos para tentar trazer as crianças para o Espírito Santo, ninguém sabe muito bem o que fazer e fomos pegos de surpresa, no meio do feriado. Está sendo muito difícil

Eleni Anacleto
Irmã de Helena
Aspas de citação

A família calcula que deverá gastar cerca de R$ 60 mil para sepultar Helena no Estado e pagar as passagens das crianças. Somente o traslado do corpo deverá custar 5 mil euros, cerca de R$ 22,5 mil. Os filhos da vítima chegaram a ir para um abrigo, mas agora estão na casa de uma pessoa que cuidava delas como babá enquanto Helena trabalhava.

O CRIME

Helena foi morta no apartamento em que morava, em Leiria. O crime teria acontecido por volta das 20h30 da sexta-feira (27). Vizinhos chegaram a ouvir gritos de socorro e ligaram para amigos da vítima. Ao chegar ao local, contudo, já encontraram Helena morta. Helena teria sido agredida com um soco na noite de Natal e, segundo amigos, estava motivada a pedir o divórcio.

Após o crime, o suspeito tentou fugir, mas acabou detido pela polícia. Segundo o jornal JN, ele prestou depoimento por duas horas no Tribunal de Leiria no último sábado (28). O Tribunal decretou a prisão preventiva.

Helena morava em Portugal havia 13 anos. (Reprodução)

VÍTIMA PLANEJAVA ABRIR O PRÓPRIO NEGÓCIO

Morando há 13 anos em Portugal, Helena começava a prosperar na Europa. Ela havia acabado de comprar um carro e já planejava dar entrada em um apartamento. O sonho dela era iniciar o próprio negócio na cidade em que vivia.

“Ela sempre trabalhou muito. Era uma pessoa de muita energia, nunca estava parada. Ela trabalhava em um café e tinha esse sonho de iniciar o próprio negócio. Era uma leoa para os filhos, que ela criou sozinha. Uma guerreira. Esse homem acabou com a vida dela e todos esses sonhos. Ela que o levou para lá, depois de estudarem juntos aqui em Água Doce do Norte. Ela ajudou muito ele e ele retribuiu dessa forma”, lamenta a irmã.

DIFICULDADE PARA TRAZER O CORPO

Sem parentes em Leiria, a família tem contado com a ajuda de amigos de Helena que estão em Portugal. Foi pelo Facebook, por meio de um comentário no perfil da vítima, que um sobrinho de Helena ficou sabendo de sua morte. Eleni e um outro irmão estão planejando ir a Portugal para tentar resolver as questões envolvendo o traslado do corpo e a guarda das crianças.

Este vídeo pode te interessar

“A gente, por enquanto, só tem uma ideia do quanto vai custar tudo. Só saberemos quando chegar lá. Juntamos as nossas economias, mas não temos condições de arcar com tudo. Por isso, fizemos a vaquinha pela internet. A ideia é resolver tudo o mais rápido e da maneira mais simples possível”, explica. A família já recebeu a colaboração de R$ 1,2 mil. Quem quiser ajudar os familiares de Helena pode ter mais informações neste link.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais