Publicado em 6 de outubro de 2020 às 13:06
A Polícia Civil prendeu um funcionário de uma empresa de telefonia que repassava chips de clientes para criminosos aplicarem golpes. Desta forma, os golpistas tinham acesso às senhas dos usuários e usavam as mesmas para cometerem os crimes. O homem responderá por violação de sigilo e falsidade ideológica. Ele trabalhava em uma franquia de um shopping em Vitória e foi preso na tarde desta segunda-feira (5). >
O titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), delegado Brenno Andrade que chefiou as investigações explicou que o atendente trabalhava no Espírito Santo, mas lesou de 30 a 40 pessoas nos Estados do Rio Grande do Norte e São Paulo. Não há até o momento registro de golpes com capixabas ou moradores do Estado. Ele era investigado há cerca de três meses e atuava na profissão há dois anos.>
O delegado disse que o homem preso usava senha de colegas de profissão de outros Estados para acessar os dados dos clientes. Em seguida, as informações eram repassadas para os criminosos. >
"A própria empresa onde ele trabalhava procurou a delegacia e o denunciou. Eles informaram que havia um funcionário que estava acessando o sistema através da senha de outros atendentes para alterar a titularidade da linha telefônica, habilitando esta em outro chip por meio da clonagem. Desta forma, os criminosos usavam este chip para recuperar senhas de redes sociais, e-mails e principalmente senhas bancárias. Após ser preso, ele confessou o crime", salientou Andrade.>
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Para prendê-lo, a Polícia Civil aguardou que o funcionário acessasse voluntariamente ao sistema da empresa que já monitorava o atendente. Assim que ele iniciou o acesso, a PC foi alertada e efetuou a prisão em flagrante. >
As pessoas que foram lesadas tinham dificuldades em identificar o golpe, que só era notado quando tentavam acessar redes sociais e aplicativos de bancos e não conseguiam prosseguir, visto que o telefone ficava bloqueado.>
Mesmo com a prisão, as investigações prosseguirão. A polícia informou que segundos depois da prisão, o funcionário recebia valores de outra pessoa para fornecer os dados dos clientes, mas essa pessoa ainda não foi identificada. O atendente preso foi encaminhado para um presídio em Viana.>
Com informações de André Falcão, da TV Gazeta>
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