Publicado em 9 de outubro de 2019 às 06:55
A violência registrada nos casos de assaltos na Vila Rubim, em Vitória, estão assustando moradores, comerciantes e frequentadores do bairro. Somente na manhã desta segunda-feira (30), ao menos oito pessoas foram assaltadas na região. >
Além destes casos, a Polícia Civil investiga ataques a tiros que já deixaram cinco pessoas feridas e uma morta entre 12 de junho e 29 de agosto deste ano na Vila Rubim. A polícia investiga se as ocorrências de assassinato e tentativas de homicídio estão relacionadas. >
Na madrugada desta segunda-feira, um morador em situação de rua de 43 anos foi espancado e assaltado enquanto dormia no final da Rua Jair Andrade. O bandido fugiu com uma bolsa, documentos e o celular dele. Ele foi socorrido pelo Samu às 8h. >
Por volta das 7h30, um universitário de 19 anos levou uma facada na cabeça durante um assalto a ônibus na Avenida Duarte Lemos, na Vila Rubim. O bandido fugiu levando a mochila com documentos pessoais e material acadêmico do rapaz. >
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Cerca de 20 minutos depois, outros criminosos invadiram o Transcol que faz a linha 535 (Terminal Campo Grande x Terminal Carapina). Uma passageira contou que os ladrões, um deles armado, renderam seis passageiros. Eles levaram bolsas, celulares e até marmita. >
MEDO >
Na manhã desta segunda-feira (30), vendedores e comerciantes que atuam na Vila Rubim disseram que alguns colegas estão fechando as portas por medo. Foi o tempo que a gente vinha trabalhar seguro. Há pouca polícia e os bandidos aproveitam. Ouvi dizer que tem comerciante que já foi trabalhar em outro lugar por medo, disse um vendedor de 36 anos que preferiu não se identificar. >
Atual gestor da Organização Social do Centro Histórico de Vitória, Renato Freixo, 53 anos, é um dos fundadores do Conselho Interativo de Segurança e Cidadania do Centro de Vitória e ex-presidente da Associação Comercial da Vila Rubim. >
Segundo ele, houve redução no índice de assaltos e furtos aos comércios da Vila Rubim. No entanto, os crimes ocorridos nesta segunda-feira (30), na avaliação dele, refletem no comércio e na sensação de segurança de quem frequenta a região. >
O que se tem percebido é que as agressões têm ficado, pontualmente, mais violentas. O dependente químico, por exemplo, abordava pedindo, não assaltava. A utilização de arma branca tem se tornado ainda mais comum. Estou estranhando esses casos. >
Para o presidente da Federação do Comércio no ES, José Lino Sepulcri, a violência no bairro é atípica. Segundo ele, um grupo de trabalho que envolve a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), Poder Judiciário e Fecomércio foi responsável pela redução de cerca de 30% dos roubos registrados na Grande Vitória. >
Nós já tomamos conhecimento dessa situação na Vila Rubim e vamos comunicar a Polícia Militar no sentido no tomar as devidas providências porque já está repetitivo. Vamos acionar a PM no sentido de estruturar um policiamento ainda mais efetivo, enfatizou. >
O QUE DIZ A POLÍCIA MILITAR>
A Polícia Militar informou que realiza ações diárias para evitar assaltos em ônibus e garantir a segurança de motoristas, cobradores e passageiros. Do dia 1º de janeiro até o dia 17 de setembro, a PM realizou 10.746 operações com foco em coletivos na Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV) e abordou 33.534 ônibus. >
De acordo com a PM, os trabalhos acontecem em diversos pontos e em horários estratégicos. A Polícia Militar frisa que o apoio de toda a população é muito importante e pede a colaboração dos usuários de transporte coletivo e também dos motoristas cobradores para que denunciem os indivíduos que agem nos ônibus, diz a nota. >
A Polícia Militar informa que atua diariamente na Vila Rubim com policiamento ostensivo preventivo e a repressão aos crimes em andamento ou na iminência de ocorrer. O comando da 1ª Companhia do 1º Batalhão pede que a comunidade da Vila Rubim participe das reuniões com a PM e apresente demandas. >
O QUE DIZ A POLÍCIA CIVIL>
Já a Polícia Civil informou que o caso desta segunda-feira foi registrado como roubo em via pública. Já os casos registrados em junho estão sob investigação no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). >
De acordo com a nota enviada pela polícia, as investigações estão em andamento e oitivas foram realizadas. As investigações estão avançadas, no entanto, não é possível passar mais detalhes por enquanto, diz a nota. >
Qualquer contribuição para identificação de suspeitos podem ser feitas por meio do Disque-Denúncia 181 ou pelo disquedenuncia181.es.gov.br, onde é possível a pessoa anexar imagens e vídeos de ações criminosas. O sigilo e anonimato são garantidos. >
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