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Ex-mulher de enfermeiro: 'Tive pressentimento e pedi pra ele não sair'

Ex-mulher de enfermeiro: "Tive pressentimento e pedi pra ele não sair"

Amigos e familiares se despedem do aposentado Luís Cláudio Ferreira da Silva na Capela Mortuária de Araçás

Publicado em 30 de setembro de 2019 às 06:08

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Josiane da Silva, ex-esposa de Luís Cláudio Ferreira da Silva. (Caíque Verli)

A aposentada Josiane da Silva, ex-esposa, amiga e mãe de dois filhos do enfermeiro aposentado Luís Cláudio Ferreira da Silva contou à reportagem de A Gazeta que teve um pressentimento e pediu que o ex-marido não saísse para a rua na manhã de domingo (30).

Pouco tempo depois, o aposentado morreu em um acidente no bairro Jardim Guaranhuns, em Vila Velha.

Josiane foi casada por seis anos com Luís Cláudio, mas mantinha uma relação de amizade com ele e com a atual companheira do enfermeiro aposentado. Eles eram vizinhos.

"Ele saiu de manhã dizendo pra mim que ele iria fazer uma pescaria. Tive um pressentimento e pedi pra ele não sair. Falei com ele para não ir. Senti uma coisa estranha, uma dor de cabeça de repente. E pedi a ele para não ir. Fiquei olhando triste ele sair. Não deu outra, infelizmente. Dez minutos depois me ligaram para ir no local. Quase morri, tinha acabado de conversar com ele", se emociona Josiane.

O ACIDENTE

O acidente ocorreu em Jardim Guaranhuns, em Vila Velha, no domingo (29). Luis morreu após um carro bater em sua moto e, em seguida, bater em um poste.

Luis Cláudio Ferreira da Silva . (Divulgação )

OUTRO DRAMA 

Após o acidente que matou o enfermeiro aposentado Luis Cláudio Ferreira da Silva, de 62 anos,  a família vive, em menos de um mês, mais um luto. No dia 8 de setembro, 21 dias antes do acidente, foi a mãe de 81 anos do motociclista quem estava sendo enterrada após morrer de enfisema pulmonar.

O acidente ocorreu em Jardim Guaranhuns, em Vila Velha, no domingo (29). Luis morreu após um carro bater em sua moto e, em seguida, bater em um poste. “A família já estava em luto pela perda da minha mãe, no dia 8. Agora, 21 dias depois, estamos enterrando meu irmão. Está todo muito abalado porque perder uma pessoa que estava doente já é difícil, perder alguém de repente assim é bem pior”, desabafou o irmão da vítima, o servidor público Gino Santos, de 44 anos.

Ele contou, inclusive, que o irmão ajudou a cuidar da mãe. Segundo Gino, Luis Cláudio era uma pessoa muito prestativa e presente na vida de todos da família. “Era uma pessoa incrível, prestativa e sempre fazia o bem. Ele era muito querido no bairro, ajudava muita gente… Era uma referência como pessoa”, contou.

Gino disse ainda que o irmão tinha o hábito de andar de moto, inclusive, participava de grupos de motociclistas. No momento da batida ele estava indo pescar, algo que fazia com frequência.

A família, agora, espera que a Justiça seja feita. No entanto, acha difícil que o homem que dirigia o veículo fique preso.

“Eu acho que os órgãos públicos em vez de fazer campanha educativa, deveriam era pensar em mudanças na lei, torná-las mais rígidas. Quantas famílias ainda vão precisar chorar pela morte de parentes por causa da imprudência?”, desabafou.

Luis é o mais velho dos quatro irmão. Ele estava aposentado há seis meses, após trabalhar por mais de 30 anos como enfermeiro no Hospital das Clínicas. Ele deixou três filhos e dois netos.

ENTERRO

O velório acontece na capela mortuária do bairro Araçás, em Vila Velha. O enterro será realizado às 11 horas, no Cemitério de Ponta da Fruta, no mesmo município.

O servidor público Gino Santos, de 44 anos, contou que o irmão Luis Cláudio Ferreira da Silva, de 62 anos, era o mais velho dos quatro irmãos. Ele estava aposentado há seis meses e estava indo pescar no momento da batida.

Como você ficou sabendo do acidente?

Minha irmã me ligou de manhã avisando depois que os vizinhos contaram para ela.

Para onde ele estava indo quando ocorreu o acidente?

Ele estava indo pescar. Sempre que podia ele estava pescando ou reunido com motociclistas. Essas duas atividades eram as favoritas dele.

Ele trabalhava?

Ele havia se aposentado há seis meses. Trabalhou mais de 30 anos como enfermeiro no Hospital das Clínicas.

Ele tinha filhos? Como ele era?

Ele era divorciado e tinha três filhos e dois netos. Era uma pessoa incrível, prestativa e sempre fazia o bem. Ele era muito querido no bairro, ajudava muita gente… Era uma referência como pessoa.

Como a família está lidando com a notícia?

A família já estava em luto pela perda da minha mãe, que faleceu no último dia 8. Minha mãe morreu aos 81 anos com enfisema pulmonar. Agora, 21 dias depois, estamos enterrando meu irmão. Ele, como enfermeiro, sempre ajudou a cuidar dela e era muito presente na família. Está todo muito abalado porque perder uma pessoa que estava doente já é difícil, perder de repente assim é bem pior. Ninguém esperava.

Ele era uma pessoa cuidadosa no trânsito?

Muito. Ele toda a vida andou de moto e participava de grupos de motociclistas. Nesses grupos existem regras para participar, as pessoas não podem pilotar de maneira imprudente. Eu acho que os órgãos públicos em vez de fazer campanha educativa, deveriam era pensar em mudanças na lei, torná-las mais rígidas. Quantas famílias ainda vão precisar chorar pela morte de parentes por causa da imprudência?

Onde será o enterro?

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O velório está acontecendo na capela mortuária de Araçás. O enterro será às 11 horas, no Cemitério de Ponta da Fruta, em Vila Velha, o mesmo em que minha mãe foi enterrada.

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