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Advogado é preso em operação contra facção que agia até em presídio no ES

Advogado é preso em operação contra facção que agia até em presídio no ES

Jerick Marques de Souza é apontado um dos envolvidos em organização criminosa com atuação em Viana e Cariacica

João Barbosa

Repórter / jbarbosa@redegazeta.com.br

Publicado em 10 de maio de 2025 às 13:59

Uma operação contra uma organização criminosa foi realizada na manhã desta sexta-feira (9) nos municípios de Viana e Cariacica, na Grande Vitória. Segundo a Polícia Federal, as investigações apontaram que o grupo agia até mesmo de dentro de presídios do Espírito Santo. 

Alvo da Operação Selati, que mira a atuação de uma organização criminosa da Grande Vitória, um advogado foi preso, apontado como um dos envolvidos em esquema que funcionava dentro de presídios do Espírito Santo e nas ruas, com tráfico de drogas, comércio ilegal de armas, lavagem de dinheiro e segurança privada clandestina.

Conforme apuração do repórter Caíque Verli, da TV Gazeta, Jerick Marques de Souza foi preso na sexta-feira (9), quando a Polícia Federal (PF), que coordena a operação, cumpriu sete mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão contra o grupo criminoso — que teria atuação em Viana e Cariacica.

Após a prisão, Jerick foi encaminhado à Penitenciária de Segurança Média I, em Viana. A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Espírito Santo (OAB-ES) informou à TV Gazeta que ele colaborou com as diligências policiais durante a operação. A ação ainda mira outra advogada, que está foragida. A reportagem tenta contato com a defesa do advogado preso.

Advogado foi preso na sexta-feira (9) durante operação da PF
Jerick Marques de Souza foi preso durante operação da PF Crédito: Cadastro Nacional dos Advogados

Segundo a Polícia Federal, além do cumprimento dos mandados, houve apreensão de bens móveis e imóveis e ainda o bloqueio de contas bancárias, aplicações financeiras e ativos patrimoniais — com valor total estimado em R$ 2,6 milhões.

As investigações sobre o grupo começaram após a prisão em flagrante de um dos integrantes por posse ilegal de armas. A partir daí, surgiram indícios de que o grupo operava de forma estruturada. Mesmo após a detenção do suspeito, as atividades criminosas do grupo continuaram e passaram a ser geridas de dentro do sistema prisional.

A atuação da organização criminosa

Conforme as investigações, a facção contava com uma estrutura criminosa bem organizada, com diferentes ramos de atuação. Durante as apurações, foi descoberta a existência de núcleos no grupo. São eles:

  • Núcleo Gerencial: verificou-se que, após a prisão em flagrante realizada, a coordenação operacional passou a ser exercida por outros integrantes, com o apoio de subordinados responsáveis pela logística e pelo transporte dos entorpecentes.

  • Núcleo Técnico: foram identificados advogados que, de forma consciente e frequente, atuavam como intermediários para o repasse de ordens criminosas entre o líder preso e os demais membros.

  • Núcleo Financeiro: era responsável pela sustentação econômica da organização, ao movimentar e produzir recursos financeiros por meio dos negócios ilícitos.
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