Morreu no sábado (1º), o professor, historiador e militante do Partido dos Trabalhadores (PT) Filipe Savelli, aos 26 anos, vítima de infarto. O corpo foi sepultado na tarde de domingo (2), no Cemitério Pátio Matias, em Cariacica.
Savelli realizou seu mestrado na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), no Programa de Pós-Graduação em História Social das Relações Políticas (PPGHis). Em dezembro de 2023, defendeu a dissertação “Do Cupim de Aço ao Partido Frente Liberal: A dissidência elcista na Nova República, seu desempenho político eleitoral nas eleições de 1982 a 2006” e atuou por um período como pesquisador vinculado ao Laboratório de História das Interações Políticas e Institucionais (LHIPI).
Savelli era ouvido frequentemente em reportagens de política de A Gazeta. Nas eleições de 2024, fez análises sobre a conjunta eleitoral no Espírito Santo e explicou, por exemplo, como o Psol obteve o maior crescimento em número de filiados no Estado em quatro anos e como o PSB conseguiu lançar a maior quantidade de candidatos entre outras legendas nos municípios capixabas.
A morte de Savelli foi lamentada nas redes sociais por políticos e por colegas do coletivo de jovens do PT, do qual fazia parte. A deputada federal Jack Rocha (PT) desejou solidariedade aos familiares do historiador.
“Filipe, que sua passagem repentina seja também a força para nossa juventude acreditar sempre que o futuro é o agora; agora a amizade, o amor, a luta e as utopias. Você fará muita falta! Minha solidariedade a todos os familiares, amigos e toda militância que luta por um mundo mais justo e igualitário”, manifestou.
“Sem acreditar nessa notícia, um grande companheiro da juventude do PT”, afirmou o candidato a vereador pelo PT na Serra, nas eleições de 2024, Ivo Lopes.
O coletivo político do qual Filipe fazia parte publicou um texto no qual afirma que o historiador foi um jovem comprometido com a transformação social, atuando no movimento estudantil da Ufes e nas lutas populares no Espírito Santo, sempre com o compromisso de transformar a realidade do Estado e do país.
“Sua trajetória é marcada pela dedicação à organização da juventude e dos trabalhadores, deixando um legado de luta e compromisso coletivo. Filipe sempre esteve presente na defesa da educação pública, da democracia e dos direitos sociais, sendo um exemplo de dedicação e resistência”.
Já a irmã do historiador, Debora Savelli, relembrou o apoio dado pelo irmão ao longo da vida. “Você foi o meu suporte, o meu apoio e sempre o meu incentivo e todas as áreas da vida, não consigo pensar em como vai ser daqui para frente sem você meu irmão, mas dos nossos velhos vou cuidar, eu te amo muito, vá em paz, meu irmão. Quero sempre lembrar do seu sorriso e dos seus conselhos.”
Análises políticas feitas por Savelli
Nos últimos quatro anos, Savelli contribuiu com análises que ajudaram os capixabas a entender melhor o cenário político local. Confira abaixo algumas participações dele em A Gazeta.
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