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Empresário Fernando Guéron morre vítima da Covid-19 após 4 meses internado

Publicado em 12 de julho de 2021 às 08:57

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O economista e empresário capixaba Fernando Guéron, de 47 anos, é mais uma vítima da Covid-19. Internado há quatro meses na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital do Rio de Janeiro para tratamento do novo coronavírus, ele teve morte cerebral na última sexta-feira (9). O óbito foi confirmado neste domingo (11).

Pai de quatro filhos, o empresário morava em Itapuã, Vila Velha, mas teve a doença detectada enquanto estava na casa dos pais, em Itaipava (RJ). O pai, executivo do ramo da celulose, Renato Guéron, de 77 anos, também foi contaminado pelo vírus na mesma época, tendo falecido em 6 de abril, após duas semanas de internação

A trajetória de Renato passou pela antiga Aracruz Celulose, no município da Região Norte do Estado, onde atuou como gerente geral de Engenharia e Suprimentos, antes de assumir um cargo na diretoria de Engenharia e Projetos. Na Veracel Celulose, na Bahia, chegou ao cargo de presidente. Também foi sócio-diretor da Tesseralis Engenharia e Consultoria.

A morte de Fernando foi confirmada pela irmã, Paula Guéron, segundo a qual a família está devastada com a notícia. "Foi um processo doloroso para a família, pois perdemos duas pessoas queridas em três meses, meu pai e meu irmão. São mistérios da vida que a gente não consegue entender, mas tenta."

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É uma doença absurdamente cruel. Não existe classe social, religião, nada. E o pior e mais triste disso tudo é ver o descaso governamental com a situação. Meu pai e meu irmão são duas vítimas entre tantas, e pouco foi feito para evitar. Só entende isso quem perdeu alguém para o vírus

Paula Guéron
Irmã de Fernando
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Fernando que estava em Coimbra, Portugal, quando a pandemia teve início, no primeiro trimestre do ano passado, chegou a fazer um alerta aos capixabas naquela época, em entrevista à colunista de A Gazeta, Renata Rasseli: "não subestimem a pandemia, sigam as determinações das autoridades competentes, reforcem os cuidados principalmente com as crianças e idosos."

À colunista, Guéron também relatou sentir medo em relação à pandemia, por causa dos filhos, ainda em idade escolar.

"Ele vivia mudando de país. Estava no Brasil quando foi infectado, tinha trazido a mudança de Coimbra, mas ainda não sabia se ia ficar em definitivo, ou se iria a algum outro lugar. E então aconteceu o que aconteceu", relatou a irmã. Ela explica que, antes da mudança para Portugal, Fernando atuava em uma empresa especializada em projetos para a construção civil.

Ele será cremado no Memorial da Penitência, no Rio de Janeiro, às 19 horas desta segunda-feira (12). A cerimônia será somente para familiares.

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