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Empresário e engenheiro Renato Gueron morre aos 77 anos de Covid-19

Publicado em 6 de abril de 2021 às 13:20

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O empresário e engenheiro Renato Gueron, de 77 anos, é mais uma vítima do novo coronavírus. Ele morreu na madrugada desta terça-feira (06), em hospital do Rio de Janeiro, onde estava internado há quase duas semanas na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para tratamento da Covid-19.

A trajetória de Gueron passa pela antiga Aracruz Celulose, no município da região Norte do Estado, onde atuou como gerente geral de Engenharia e Suprimentos, antes de assumir um cargo na diretoria de Engenharia e Projetos. Na Veracel Celulose, na Bahia, chegou ao cargo de presidente. Também foi sócio-diretor da Tesseralis Engenharia e Consultoria.

A morte foi confirmada pela filha, Paula Gueron. "Meu pai foi intubado na terça-feira passada (30), mas surgiram complicações decorrentes da doença e, infelizmente, ele não resistiu. Meu irmão também está na UTI, intubado, lutando contra a Covid. Agora resta esperar", desabafou.

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Fizemos tudo o que poderíamos ter feito para preservar a saúde de nossa família, e não foi suficiente. Mas em meio aos sentimentos ligados à morte de meu pai, vem também a revolta pela situação que vivemos hoje. Continua a falta de responsabilidade, de empatia. As pessoas continuam se aglomerando, fazendo festa. Não queiram passar por isso

Paula Gueron
Filha de Renato Gueron
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A morte do empresário também foi lamentada por amigos e colegas de profissão, segundo os quais, além de uma pessoa querida, Gueron sempre prezou pelo desenvolvimento do Espírito Santo e pela valorização das empresas locais.

“Foi o executivo que deu oportunidades e apoio às empresas de bens e serviços do Espírito Santo. Se hoje nossas empresas estão espalhadas pelo Brasil, realizando excelentes serviços com reconhecimento, devemos muito a Gueron”, destacou o diretor da DVF Consultoria, Durval Vieira de Freitas.

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Eu comecei minha luta no Estado, de valorização das pessoas locais, na década de 1990. Gueron abraçou isso e foi importantíssimo para nós. Sempre esteve junto, chamou os detentores de tecnologia, chamou as empresas, exigiu qualidade, e continuou fazendo isso em prol do Espírito Santo. Levou as empresas também para outros locais e elas cresceram muito. Ele deixou um legado: com planejamento, organização e controle, somos capazes

Durval Vieira de Freitas
Diretor da DVF Consultoria
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O presidente da Câmara Setorial das Indústrias de Base e Construção da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Antônio Falcão, também lamentou a perda do empresário, que ajudou na consolidação de organizações como o Cdmec (Centro Capixaba de Desenvolvimento Metalmecânico), o Sindifer (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado), e o Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo).

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A Câmara Setorial das Indústrias de Base e Construção da Findes lamenta o falecimento de Renato Gueron, executivo de destaque no mundo empresarial, que deu decisivas contribuições para o fortalecimento do setor. Atuou pela consolidação do Cdmec, Sindifer e Sinduscon, apostou no programa de desenvolvimento de fornecedores e na valorização do empresariado capixaba. Uma perda lastimável. Nossos sentimentos aos amigos e familiares

Antônio Falcão
Presidente da Câmara Setorial das Indústrias de Base e Construção da Findes
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O conselheiro do Cdmec, Fausto Frizzera, lamentou a perda do amigo com quem trabalhou por quase três décadas em Aracruz.

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Renato um grande amigo. Trabalhamos juntos por quase 30 anos na Aracruz Celulose, e, mesmo após sua saída, continuou muito voltado à participação das empresas locais nos grandes eventos da celulose. E isso contribuiu muito para o crescimento do Estado. Ele era um cara sério, e, quem não conhecia, achava até que era bravo. Mas era uma pessoa muito querida

Fausto Frizzera
Conselheiro do Cdmec
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O gerente-executivo industrial da Suzano, Fabrício José da Silva, destacou que o nome de Gueron ficou marcado na história de desenvolvimento da indústria de celulose.

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O nome de Renato Gueron faz parte da história de desenvolvimento da indústria de celulose. Na Aracruz, como diretor de Engenharia e Projetos, ajudou a transformar a fábrica localizada no município de mesmo nome na maior planta individual de produção de celulose do país. Também fez parte do grupo de desbravadores escalado para transformar em realidade a Veracel, em Eunápolis (BA), empresa da qual foi presidente. Guéron deixa um legado importante para a indústria de celulose e papel. A nossa solidariedade aos familiares e amigos

Fabrício José da Silva
Gerente-executivo industrial da Suzano
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