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Publicado em 11 de abril de 2021 às 16:55
- Atualizado há 5 anos
Ativista dos Direitos Humanos no Espírito Santo, a advogada Mariana Zucarello morreu nesse sábado (10), aos 31 anos de idade – mais uma jovem vítima do novo coronavírus. Ela estava internada desde o final de março no Hospital Evangélico de Vila Velha e chegou a ter mais de 70% do pulmão comprometido. >
Membro do Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH), a também advogada Verônica Bezerra foi colega de trabalho. "Ela atuou na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES) quando eu estava na Comissão de Direitos Humanos. Era muito atuante, muito aguerrida", lembra a colunista de A Gazeta.>
Verônica Bezerra
Ex-presidente do Conselho de Direitos Humanos do Espírito Santo (CEDH)Na luta contra a Covid-19, a Mariana passou duas semanas internada em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde ficou intubada. Há cerca de três dias, ela foi submetida a uma traqueostomia – procedimento cirúrgico que consiste na abertura um orifício na traqueia (via do sistema respiratório). >
Entretanto, o destaque dela se deu em outra luta: por representatividade, igualdade e justiça. Atuante nos espaços políticos desde a adolescência, a jovem advogada desempenhou papéis importantes, principalmente, junto ao Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH) da Serra, na Grande Vitória.>
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Coordenadora-geral do CDDH, Galdene Santos lembra da trajetória da amiga. "A Mariana se aproximou de nós a partir das manifestações de 2013, quando ainda estava na universidade, mas ela já tinha um histórico de participação: vinha da Igreja Presbiteriana e o pai era presidente de um conselho de São Mateus", conta. >
"Ela sempre ajudou com orientações a quem precisava de advogado e, na última gestão, virou diretora financeira. Sempre foi muito ativa na participação social e política e na interação com as instituições. E o outro lado é que, sempre que dávamos festas ou almoços, ela era a nossa cozinheira", continua.>
Galdene Santos
Coordenadora-geral do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH) da SerraPara além do terninho de advogada ou da doma de chef, Mariana também era responsável pela música. "Sempre pegava um violão. Cantava músicas populares e da igreja. Gostava muito de MPB", lembra Galdene, com carinho. A última mensagem que elas trocaram foi, justamente, no dia da internação da colega. >
O enterro de Mariana Zucarello teve início às 13h deste domingo (11). Ela foi enterrada no Cemitério Jardim da Paz, no bairro Civit II, na Serra. Além do namorado, a jovem deixa inúmeros familiares, como mãe, irmã e irmão, de corações partidos.>
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