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'Quem tem síndrome gripal não pode sair de casa', diz secretário no ES

"Quem tem síndrome gripal não pode sair de casa", diz secretário no ES

Febre associada a sintomas respiratórios, se não houver diagnóstico para outra doença, exige isolamento por 14 dias

Publicado em 31 de março de 2020 às 16:53

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Pessoas com síndrome gripal devem ficar isoladas por 14 dias, mesmo sem diagnóstico de coronavírus
Pessoas com síndrome gripal devem ficar isoladas por 14 dias, mesmo sem diagnóstico de coronavírus. (Mohamed Hassan/Pixabay)

Até a chegada do novo coronavírus (Covid-19) ao país era muito comum que os sinais de um resfriado ou gripe fossem amenizados com remédios e as pessoas seguiam suas vidas, com rotina social, de trabalho e estudos, normalmente. O momento agora é outro, e exige uma radicalização, segundo aponta o secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes. Todos que tiverem sintomas gripais não devem sair de casa, mantendo-se isolados por 14 dias. 

Febre associada a sintomas respiratórios, quando não há indicação de outra doença, devem ser  tratados com distanciamento social, inclusive dos familiares.  "Estamos recomendando, de maneira mais firme, que é preciso redobrar a disciplina sobre todo diagnóstico de síndrome gripal para que o isolamento seja estrito. Precisamos ser muito radicais com toda pessoa que apresente febre mais sintomas respiratórios; ela não pode sair de casa por 14 dias", ressalta Nésio Fernandes.

Para os que moram em prédios, o secretário diz que não se deve nem dar uma voltinha pelo condomínio. E os cuidados também devem ser observados dentro de casa.  "É preciso usar máscara o tempo inteiro, não se pode tocar nos familiares. Literalmente, sem contato físico direto.  A disciplina intradomiciliar precisa ser reforçada, e a pessoa não pode ter nenhuma atividade social. Essa radicalização vai ser necessária a partir de agora", pontua Nésio Fernandes, numa referência ao fato de que, agora, o Espírito Santo vivencia a transmissão comunitária do novo coronavírus. 

Mesmo para as pessoas que não têm condições de permanecer isolado em um quarto sozinho, porque compartilha espaços em casa, é possível adotar cuidados que evitam a transmissão.  A principal recomendação é manter as mãos higienizadas com água e sabão, e circular só de máscaras, evitando tocar em superfícies e objetos de uso comum da família.

O médico infectologista Crispim Cerutti Junior recomenda que a circulação pela casa seja feita somente  para situações essenciais, como refeição, banheiro e higienização. "Quando não há possibilidade de ficar sozinho num cômodo, redimensione a estrutura da casa para que essa pessoa durma na sala, sofá ou colchonete", orienta. 

Crispim diz que, para casa, o paciente pode utilizar uma máscara de pano, mas deve ser lavada diariamente. As de papel, comercializadas em farmácias, são descartáveis e têm validade de um dia. 

Infectologista e professor universitário, Wladimir Queiroz acrescenta que é importante deixar as janelas da casa sempre abertas para manter a ventilação, além de reforçar a limpeza do imóvel. Toalhas de rosto e de banho não devem ser divididas com quem está com sintomas gripais, e é aconselhável que o paciente seja o último a tomar banho na casa para que, ao final, possa higienizar o espaço. 

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