Até a chegada do novo coronavírus (Covid-19) ao país era muito comum que os sinais de um resfriado ou gripe fossem amenizados com remédios e as pessoas seguiam suas vidas, com rotina social, de trabalho e estudos, normalmente. O momento agora é outro, e exige uma radicalização, segundo aponta o secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes. Todos que tiverem sintomas gripais não devem sair de casa, mantendo-se isolados por 14 dias.
Febre associada a sintomas respiratórios, quando não há indicação de outra doença, devem ser tratados com distanciamento social, inclusive dos familiares. "Estamos recomendando, de maneira mais firme, que é preciso redobrar a disciplina sobre todo diagnóstico de síndrome gripal para que o isolamento seja estrito. Precisamos ser muito radicais com toda pessoa que apresente febre mais sintomas respiratórios; ela não pode sair de casa por 14 dias", ressalta Nésio Fernandes.
Para os que moram em prédios, o secretário diz que não se deve nem dar uma voltinha pelo condomínio. E os cuidados também devem ser observados dentro de casa. "É preciso usar máscara o tempo inteiro, não se pode tocar nos familiares. Literalmente, sem contato físico direto. A disciplina intradomiciliar precisa ser reforçada, e a pessoa não pode ter nenhuma atividade social. Essa radicalização vai ser necessária a partir de agora", pontua Nésio Fernandes, numa referência ao fato de que, agora, o Espírito Santo vivencia a transmissão comunitária do novo coronavírus.
Mesmo para as pessoas que não têm condições de permanecer isolado em um quarto sozinho, porque compartilha espaços em casa, é possível adotar cuidados que evitam a transmissão. A principal recomendação é manter as mãos higienizadas com água e sabão, e circular só de máscaras, evitando tocar em superfícies e objetos de uso comum da família.
O médico infectologista Crispim Cerutti Junior recomenda que a circulação pela casa seja feita somente para situações essenciais, como refeição, banheiro e higienização. "Quando não há possibilidade de ficar sozinho num cômodo, redimensione a estrutura da casa para que essa pessoa durma na sala, sofá ou colchonete", orienta.
Crispim diz que, para casa, o paciente pode utilizar uma máscara de pano, mas deve ser lavada diariamente. As de papel, comercializadas em farmácias, são descartáveis e têm validade de um dia.
Infectologista e professor universitário, Wladimir Queiroz acrescenta que é importante deixar as janelas da casa sempre abertas para manter a ventilação, além de reforçar a limpeza do imóvel. Toalhas de rosto e de banho não devem ser divididas com quem está com sintomas gripais, e é aconselhável que o paciente seja o último a tomar banho na casa para que, ao final, possa higienizar o espaço.
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