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Por quanto tempo o coronavírus permanece vivo nas superfícies?

Por quanto tempo o coronavírus permanece vivo nas superfícies?

Estudos apontam que a durabilidade do vírus varia de acordo com as condições de clima e características do ambiente

Publicado em 31 de março de 2020 às 09:01

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Melhor forma de prevenção é redobrar a higiene individual, como usar ácool em gel. (Unsplash)

Por quanto tempo o novo coronavírus (Covid-19) permanece vivo no ar e nas superfícies? Especialistas afirmam que ainda não é possível determinar o período com exatidão, mas estudos apontam um intervalo que pode durar uma hora ou até três dias. Esse tempo varia de acordo com o local que ele atinge, as condições do ambiente e a quantidade do vírus.

A presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) do Estado do Rio de Janeiro e consultora da SBI, a médica infectologista Tânia Vergara, pontuou que os primeiros trabalhos sobre a durabilidade do novo coronavírus foram feitos em países com clima frio. Segundo ela, uma pesquisa comparativa entre a Covid-1 e a Covid-2 apontou que ambos apresentam características semelhantes quanto ao tempo de vida fora do organismo dos seres humanos.

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O vírus fica nas superfícies de algumas horas até alguns dias, varia de acordo com a temperatura e com umidade do ambiente. Quanto mais quente e quanto mais úmido, menos ele dura. Se for frio e seco, mais sobrevive. Há estudos que indicam que pode durar seis ou até 72 horas

Tânia Vergara
Médica infectologista
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O médico infectologista Crispim Cerutti Junior alerta que, independentemente da existência do vírus, os cuidados com a higiene pessoal devem ser redobrados. Ele explicou que, pelo ar, a transmissão do vírus ocorre por meio de partículas respiratórias que são lançadas ao falar, tossir ou espirrar.

SOBREVIDA DO CORONAVÍRUS EM SUPERFÍCIES

“A transmissão se dá por gotículas respiratórias que são eliminadas. Elas não viajam muito longe, vão por um metro de distância, no máximo, depois caem. Do ponto de vista de transmissão aérea, se você guarda um metro de distância de uma pessoa, já é suficiente. Dos estudos que acompanhei, não existe uma precisão clara de quanto tempo fica na superfície, mas se sabe que é prolongado. Isso pode ter duração de dias”, enfatizou Crispim.

COMO EVITAR A DISSEMINAÇÃO

Para a infectologista Tânia Vergara, é recomendável que as pessoas evitem aglomerados e mantenham as mãos higienizadas com água e sabão ou álcool em gel. "Quanto mais pessoas juntas, maior o risco, afinal, são várias pessoas que estão ali com a possibilidade de serem infectadas. A forma mais eficaz de disseminação é com a mão, que toca na maçaneta, cadeira ou botão do elevador. Para contaminar com a boca, precisa estar a uma distância de uns dois metros. Quebrar esse ciclo é dever de todos", disse.

 O médico infectologista Crispim Cerutti Junior recomenda a limpeza das superfícies e o reforço das medidas de proteção individual. "Você tem que se higienizar para garantir que, caso você já tenha tido contato com a superfície em que haja o vírus, evite que ele chegue à sua mucosa. É recomendável a lavagem exaustiva das mãos e a limpeza dos ambientes. Quando a pessoa chegar em casa, proveniente de ambientes externos, é importante retirar logo as roupas que usa e tomar um banho", orientou.

O QUE FAZER PARA SE PROTEGER

Até o momento não há um tratamento específico para a doença, que é transmitida por gotículas de saliva e catarro que se espalham pelo ambiente. Por isso, é fundamental manter alguns cuidados com a higiene pessoal que também valem para afastar o risco de gripe e outras tantas doenças respiratórias.

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão;
  • Utilizar antisséptico de mãos à base de álcool para higienização;
  • Cobrir com a parte interna do cotovelo a boca e o nariz, ao tossir ou espirrar;
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal;
  • Limpar regularmente o ambiente e mantê-lo ventilado.

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