Ter atenção ao rótulo, verificar a data de validade e evitar o consumo da cerveja através do contato direto entre a boca e a garrafa. A recomendação é usar um copo. As orientações são dos representantes da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva).
No dia 9 de janeiro, um laudo da Polícia Civil de Minas Gerais apontou a presença da substância dietilenoglicol em garrafas da cerveja Belorizontina, da marca Backer, produzida na capital mineira. A substância é tóxica e, no processo de fabricação da cerveja, é usada como líquido refrigerante. Após ingerir a bebida contaminada, uma pessoa morreu e 17 foram internadas.
O presidente da Abracerva, Carlo Lapolli, e o presidente da seccional Espírito Santo da Associação, Paulo de Victa Alves, orientam o consumo da bebida no copo para que seja possível avaliar se a cerveja apresenta alguma característica diferente da habitual.
A recomendação é verificar se a cerveja possui o selo da vigilância, se a cor, gosto e cheio estão normais. O grande problema é que no caso do dietilenoglicol, nenhum dos consumidores ia conseguir verificar isso, já que é uma substância que não provoca mudanças no gosto, nem cor e cheiro, explicou Carlo Lapolli.
Já o presidente da Abracerva-ES, seccional Espírito Santo, Paulo de Victa Alves, disse que, independente da marca da cerveja, o consumidor deve acionar a empresa responsável pela fabricação do produto caso identifique alguma irregularidade.
A medida é olhar os rótulos, a validade da bebida e encontrar informações de gosto do cliente como os insumos e níveis de amargor e álcool existentes. Se notar um sabor diferente, faça contato com a indústria, porque todos nós temos interesse em evitar esse tipo de acontecimento de contaminação, orientou.
O presidente da Abracerva-ES, seccional Espírito Santo, Paulo de Victa Alves, informou que um sistema de rastreamento interno é uma das medidas adotadas por fábricas que produzem cerveja artesanal no estado. Segundo ele, o controle interno de produção serve para registrar e certificar a qualidade dos ingredientes utilizados.
"São ingredientes que definem, por exemplo, a validade e o teor alcoólico da cerveja. A gente sabe, com isso, o malte e o lúpulo utilizados. Caso aconteça algo com determinada bebida, eu consigo identificar o lote e para onde ele foi vendido", destacou.
Outra ação é o investimento em equipamentos de segurança. "Todas as fábricas, normalmente tem câmera. Só quem trabalha na linha de produção tem acesso livre à fábrica. A garantia de que ex-funcionário ou funcionário, ainda em situação de demissão, faça isso (sabotagem) é inadmissível", enfatizou.
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