Publicado em 11 de fevereiro de 2020 às 15:15
Casos de golpes envolvendo compras de carros por meio de sites e plataformas online não são novidade nas delegacias capixabas. Entretanto, mesmo antigo, o golpe ainda faz vítimas em todo o Espírito Santo. >
No dia 21 janeiro, um administrador de empresas de 35 anos caiu na cilada. A perda, segundo ele, soma R$ 150 mil. No Estado, uma média de um caso de estelionato é registrado por dia nas delegacias, de acordo com o delegado Breno Andrade, responsável pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC).>
De acordo com dados divulgados pelo delegado, uma média de 15 casos de estelionatos por mês foram registrados no ano passado na Grande Vitória, e, mesmo com os alertas à população, o crime ainda se repete no início de 2020. Segundo Breno, a fraude acontece sempre com uma mesma dinâmica. O estelionatário vê um anúncio no site e mantém contato com o vendedor, demonstrando interesse em adquirir o veículo, pedindo dados e fotos do automóvel. A partir dos dados, um anúncio falso é efetuado no mesmo site. >
No momento em que um comprador se interessa pelo anúncio falso, o golpista afirma que tem o carro para vender, entretanto, diz que está viajando no momento e solicitará que uma outra pessoa, como um cunhado ou amigo, mostre o veículo ao interessado. Também é orientado pelo estelionatário que no momento do encontro, o comprador não comente nada a respeito da negociação com terceiros , principalmente a respeito do valor do automóvel. >
>
O estelionatário, após combinar com o interessado, mantém contato com o verdadeiro vendedor e afirma que quer comprar o veículo com o intuito de pagar uma dívida a um ex- funcionário. >
Um encontro entre comprador e o vendedor é promovido pelo estelionatário, de modo que o veículo seja visto e a transação pareça legítima. Como o comprador visualiza o produto que está adquirindo, se sente confiante com a compra e deposita o dinheiro na conta fornecida pelo estelionatário, geralmente de fora do Estado. Entretanto, o dinheiro não é repassado para o dono do veículo e o comprador fica no prejuízo.
>
Para o delegado, alguns cuidados são necessários para que o consumidor não seja mais uma vítima dos golpes. Os compradores sempre devem ficar atentos a interessados que solicitam muitos dados do veículo por meio de redes sociais, assim como o endereço da pessoa com quem mantém o contato, pois, por muitas vezes os estelionatários são de fora do Estado.>
Outras ações simples como a verificação da agência bancária da conta indicada para o depósito do pagamento e análise relacionada à documentação do veículo também fazem a diferença nos cuidados necessários para não ser mais uma vítima do golpe. >
O delegado também alerta para o golpe nas vendas por meio do WhatsApp. Nesse modo, o golpista se passa pelo atendente de um site de vendas e afirma a necessidade de um código para autenticar o anúncio online. A vítima recebe um código e repassa para o golpista, achando que está apenas validando o anúncio do carro no site. Na verdade, o código é para acessar o WhatsApp. "A partir do anúncio, o golpista consegue a lista de contatos do alvo e começa a pedir dinheiro para seus conhecidos, se passando pela vítima", explicou. >
Para o delegado, uma dica é fundamental para evitar cair em golpes. "Não passem informações pessoais ou códigos por meio de ligações ou conversas por mensagens", finalizou.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta