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Veja onde investir e como blindar o dinheiro da baixa rentabilidade

Veja onde investir e como blindar o dinheiro da baixa rentabilidade

Com a taxa de juros em queda, especialistas sugerem diversificar e correr mais risco. É preciso cuidado com algumas rendas fixas que deixaram de ser vantajosas

Publicado em 28 de outubro de 2019 às 07:27

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Bolsa de valores. (Marivaldo Oliveira/AE)

As sucessivas quedas na taxa básica de juros têm impactado diretamente aqueles que têm investimentos e aplicações no mercado financeiro. Muitos ativos populares, principalmente aqueles com ganhos atrelados à Selic, sofreram queda na rentabilidade. Para especialistas, esse é um bom momento para sair da zona de conforto e aceitar maiores riscos.

"Há pouco tempo atrás, em 2016, a Selic estava em 14% ao ano e com o juros altos, os brasileiros se habituaram a investir com alta liquidez e baixo risco. Esse cenário mudou, hoje temos juros a 5,5%, com tendência a continuar caindo. Esse tipo de investimento conservador, com liquidez alta e mais seguro de fato não é mais tão interessante”, explica o assessor de investimentos da Valor, Felipe Sathler.

Essa também é a observação do economista e consultor de investimento José Márcio de Barros. “As pessoas tinham costume de somente investir em renda fixa. Agora é preciso aceitar níveis de risco maiores.”

PERFIL

Com os investimentos indexados ao CDI, que acompanha a Selic, cada vez menos rentáveis, o investidor que quiser manter a lucratividade vai precisar adaptar sua maneira de investir de maneira gradual, respeitando o perfil de cada um. 

“O que precisa ficar bem desenhado é o perfil do investidor. Não adianta nada a instituição recomendar um investimento para o cliente hoje e ele ficar insatisfeito no futuro. As pessoas vão correr risco desde que compreendam o que isso significa”, disse José Márcio de Barros.

Quem tem perfil mais conservador e não está disposto a correr os riscos do mercado de renda variável, como ações, a dica é dar preferência aos títulos de renda fixa prefixados ou corrigidos pela inflação para compensar a tendência de novas quedas dos juros no futuro. Alguns exemplos são os fundos multimercado, em que o investidor delega ao operador a escolha de onde investir.

Já para quem tem mais familiaridade com a volatilidade do mercado, o investimento com maior potencial é a Bolsa de Valores, que se beneficia da queda dos juros. “A bolsa tem batido novos recordes. Daqui para frente veremos mais e mais pessoas investindo em mercado de ações. É um setor de risco, mas quem pode vai começar a direcionar parte dos recursos para ele. Não é para ‘enfiar o pé’, mas considerar ter parte do patrimônio em renda variável”, explica o economista.

A orientação dos consultores é, antes de tudo, procurar um especialista. “Essa pessoa vai entender o seu perfil de investidor e poderá dar opções de investimento dentro do seu perfil, nível de vida e dentro do cenário econômico”, aconselha Sathler.

NO QUE VALE A PENA INVESTIR COM A QUEDA DA SELIC

Renda fixa

  • DEBÊNTURES: Uma boa aposta com a redução dos juros pode ser em ativos que têm rendimentos isentos de Imposto de Renda, como fundos de debêntures (títulos emitidos por empresas), na renda fixa. Grupos de infraestrutura são os mais indicados. 
  • TÍTULOS PÚBLICOS: O aplicador mais conservador ainda pode encontrar oportunidades em títulos públicos mais rentáveis que os atrelados à Selic, como os indexados à inflação.

Renda variável

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  • FUNDOS DE AÇÕES OU MULTIMERCADOS: O investidor que não conhece bem o funcionamento da bolsa deve começar suas aplicações por meio de um fundo de ações, que possui um gestor que monta a carteira. Há ainda os fundos multimercados, com maior flexibilidade por poder investir em vários produtos ao mesmo tempo. 
  • AÇÕES EM BOLSA: A bolsa ganha ainda mais atratividade com a queda da rentabilidade de outras ações. Em função das boas perspectivas para a economia, como a aprovação da reforma da Previdência, o Ibovespa tende a subir mais, o que aumenta o valor dos papéis de quase todas as empresas

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