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Terceira Ponte: saiba como é a proteção para a passagem de navios

Terceira Ponte: saiba como é a proteção para a passagem de navios

Governo do Estado e administradora do Porto de Vitória explicam mecanismos de segurança existentes para evitar acidentes com embarcações

Publicado em 28 de março de 2024 às 18:45

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Navio noruguês Skandi Búzios está isolado no Porto de Vitória devido a casos da Covid-19
Navio passando pela Baía de Vitória . (Julio Haesbaert | Marine Traffic)

O desmoronamento de uma ponte na cidade de Baltimore, nos Estados Unidos após ser atingida por um navio cargueiro na última terça-feira (26) impressionou o mundo. A colisão fez com que a estrutura fosse caindo em partes na água. O acidente foi flagrado por uma câmera que monitorava a ponte em tempo real. 

O acidente levantou a curiosidade sobre a segurança da Terceira Ponte, principal ligação entre as cidades de Vitória e Vila Velha, que fica na rota de navios a caminho do Porto de Vitória.

A ponte que caiu nos Estados Unidos tinha três quilômetros, mesma extensão da Terceira Ponte. Outra curiosidade liga as vias: em 1990 um navio cargueiro colidiu com a Terceira Ponte, mas o caso não comprometeu a estrutura nem chegou a colocar a vida das pessoas em risco. 

Mas como será que é garantida a segurança da Terceira Ponte, estrutura inaugurada há mais de 34 anos? Segundo o governo do Espírito Santo, que atualmente administra a via, há dois sistemas distintos de proteção aos pilares. 

Terceira Ponte: saiba como é a proteção para a passagem de navios
Ciclovia Terceira Ponte
Pilares centrais têm proteção extra. (Fernando Madeira)

"De um lado, uma estrutura dupla de concreto com pedras. Do outro, um enrocamento de pedras. Essas estruturas protegem e amortecem os pilares de qualquer colisão de navios. Esses sistemas estão íntegros e são independentes à estrutura da ponte", informou a Secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi), por meio de nota.

A passagem de navios sob a Terceira Ponte, além de todas as regras de segurança estabelecidas pela Marinha, é sempre realizada junto a rebocadores. Atualmente, o limite de velocidade de navios ao passar pela região é de 5 nós, o que equivale a 9,2 quilômetros por hora. A regra está na Norma de Tráfego e Permanência de Navios e Embarcações no Porto de Vitória (Normap 1).

Já a Vports, autoridade responsável pela administração dos terminais do Porto de Vitória, informou que existe um sistema de monitoramento que contribui para a segurança no acesso de navios à baía, envolvendo a passagem por baixo da Terceira Ponte na rota.

Lucas Bozolon Mendes, gerente de Operações da Vports, explica que a empresa tem um sistema de monitoramento pioneiro e único no Brasil, o VTMIS, que garante a gestão do tráfego marítimo, todos os dias da semana, durante 24 horas.

"Por meio de câmeras e radares, localizados em pontos estratégicos, é possível acompanhar em tempo real o posicionamento de navios e sua movimentação, incluindo a rota traçada no acesso ao porto, estabelecendo contato direto por sistema de rádio com as embarcações. O objetivo é contribuir para a segurança das operações e garantir o cumprimento das normas locais, nacionais e internacionais", afirma.

A passagem de navios pela Terceira Ponte também é gerida pela Norma de Tráfego e Permanência de Navios e Embarcações no Porto de Vitória (Normap 1). Segundo Mendes, a normativa traz referências e parâmetros do canal do Porto de Vitória, incluindo itens como dimensões, profundidade, limites, capacidade, regras por horário, especificidades de cada berço, entre outras informações necessárias para acesso e manobra de navios.

"Além de trazer as especificidades do porto, está alinhada às normas estabelecidas pela Marinha e por parâmetros internacionais, como o sistema de balizamento marítimo IALA e o IHS Maritime. Para realizar mudanças representativas nessas normas, como alterar a velocidade permitida para tráfego dos navios, é necessário realizar novo estudo", detalha. 

Mendes acrescenta que, neste mês, a Normap passou por uma atualização por conta do processo em curso de criação de um novo berço em Capuaba, incluindo na normativa seus parâmetros específicos para atracação.

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