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Suspeitos de furtar petróleo de dutos no ES são alvo de operação

Suspeitos de furtar petróleo de dutos no ES são alvo de operação

Ação é realizada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e pela Polícia Civil desse Estado, contando com a colaboração de autoridades do Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Paraná

Publicado em 26 de julho de 2023 às 08:12- Atualizado há 9 meses

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Especialistas afirmam que as empresas do ramo já se preparam para um cenário em que o combustível fóssil terá uma menor expressão
Petróleo é uma das riquezas do Espírito Santo. (Shutterstock)

Criminosos que se especializaram em furto de petróleo estão sendo alvos nesta quarta-feira (26) de uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro. São cumpridos 47 mandados de busca e apreensão no Estado fluminense, no Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná e São Paulo.

A Exagogi" (que em grego significa "extração") visa a atingir integrantes de uma organização criminosa especializada em retirar o óleo bruto diretamente dos dutos subterrâneos da Transpetro. Até o momento, 27 pessoas foram indiciadas pelas ações. E um mandado de busca e apreensão no Estado capixaba já foi cumprido pelas autoridades. Foram encontrados dispositivos eletrônicos que serão analisados pelo MPRJ.

A operação também quer identificar empresas receptadoras que adquiriram o produto desviado clandestinamente. Agentes de delegacias especializadas do Rio de Janeiro e representantes do Ministério Público do Paraná, de São Paulo e do Espírito Santo participam da ação.

A investigação começou em 2019, quando os agentes receberam denúncias e informações de que três caminhões estavam circulando com óleo bruto furtado no bairro Beira da Lagoa, no município de Quissamã, Região Norte do Rio de Janeiro. Policiais militares foram ao local e localizaram duas carretas com o produto.

Os motoristas confessaram o crime e informaram a localização do terceiro caminhão. Segundo a Polícia Civil, a ação criminosa já estava sendo monitorada. Onze (11) pessoas foram presas na ocasião. De acordo com os agentes, os caminhões apreendidos armazenavam cerca de 100 mil litros de óleo bruto.

O trabalho de inteligência da especializada comprovou que a organização criminosa tinha uma hierarquia e divisão de tarefas estruturada. Três pessoas eram apontadas como líderes, sendo que uma cuidava da organização dos motoristas e batedores; outra tratava a logística da derivação clandestina e extração; e a terceira liderança ficava com a parte financeira e organizacional.

A quadrilha também contava com um especialista que auxiliava os soldadores na instalação da mangueira no duto; aliciadores, que buscavam profissionais que trabalhavam, principalmente, em plataformas de petróleo; soldadores; ajudantes, responsáveis por localizar e preparar o terreno no qual seria realizada a derivação e, também, auxiliar nos engates das mangueiras e nos caminhões; pessoas que forneciam notas fiscais falsas e comercializavam o óleo bruto com receptadores; fornecedores dos caminhões, entre outros integrantes.

Com informações da Polícia Civil do Rio de Janeiro

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