Depois de encarar longa fila na esperança de cancelar uma taxa sindical a ser descontada nos salários, trabalhadores da saúde ficaram sem atendimento nesta terça-feira (31). Isso porque encontraram o portão da sede do sindicato da categoria fechado, no Centro de Vitória. No local, a informação passada foi de que o prazo para a entrega da documentação havia terminado na segunda-feira (30) e só seriam atendidos aqueles que haviam recebido senhas no dia anterior.
A situação provocou revolta em quem voltou a esperar por horas em pé e debaixo de sol – cena que se repetiu diariamente nos últimos 15 dias – e não recebeu atendimento na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Hospitais e Empresas de Saúde Filantrópicas e Privadas do Estado do Espírito Santo (Sintrasades).
Abraão Rocha, funcionário de um hospital na Grande Vitória, disse que chegou ao local às 12 horas, mas foi avisado que só iriam ser atendidos aqueles que tinham conseguido pegar a senha na segunda-feira (30). "Eu acho um absurdo eles fazerem isso com aqueles que bancam o próprio sindicato", desabafou.
Gabriela Eduarda Oliveira foi mais uma trabalhadora da saúde que ficou revoltada com a falta de atendimento no Sintrasades. Ela disse que estava desde as 12h40 na fila. E criticou a forma como pessoas com deficiência foram tratadas.
Representante do Sintrasades, o advogado Diego Nunes informou que o prazo para fazer o cancelamento da taxa mensal de 1% no salário, referente à contribuição assistencial, terminou na segunda-feira (30). Segundo ele, foi dado um prazo de 15 dias, contados a partir do registro da convenção coletiva, em 16 de outubro, para os trabalhadores entregarem presencialmente, no sindicato, três cartas de oposição à cobrança, escritas a mão, além de apresentar um documento de identidade.
Diego Nunes destacou, porém, que o Sintrasades negocia com o sindicato patronal uma extensão desse prazo. "Estamos em contato com o sindicato patronal para que o prazo seja estendido, ou até mesmo fique sem prazo final. No mais tardar amanhã (dia 1º), teremos uma solução para que os servidores da saúde não sejam prejudicados", apontou.
Em relação à reclamação quanto à falta de atendimento prioritário a pessoas com deficiência, o advogado garantiu que havia estrutura adequada para receber quem precisava receber atenção especial.
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