Publicado em 17 de dezembro de 2021 às 12:30
Em um fato inédito, a Serra passou a ser considerada a maior economia do Espírito Santo, assumindo a posição que antes era ocupada por Vitória.>
A Serra subiu três posições no ranking das cidades mais ricas do país, tendo passado da 42ª para a 39ª colocação, com participação de 0,35% nas riquezas produzidas em território brasileiro — um avanço de 0,02% ante o levantamento anterior. O Produto Interno Bruto (PIB) serrano, isto é, a soma de todas as riquezas produzidas na localidade, equivale a R$ 25.865.233.650>
Os dados, de 2019, foram divulgados nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números detalhados de Estados e municípios de cada período são liberados sempre após dois anos.>
O crescimento não foi súbito. A Serra vem passando por um processo de expansão econômica nas últimas décadas, tendo se firmado como um grande polo de negócios, principalmente nos segmentos industriais e de serviços, a exemplo da logística.>
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Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico da Serra, Lilian Mota, o município tem passado por um verdadeiro processo de transformação nos últimos anos.>
"Esta posição é resultado do desenvolvimento que tem ocorrido ao longo dos anos. De 'cidade dormitório', a Serra passou a ser polo industrial, centro comercial e a contar com a oferta dos mais diversos serviços", afirmou.>
Além da Serra, outros dois municípios capixabas estão entre as 100 cidades mais ricas do país. A Capital do Estado passou da 34ª para a 47ª posição entre as cidades com maior PIB, segunda maior queda do país. >
Vitória foi impactada pela perda de participação nas indústrias extrativas, principalmente do minério de ferro. Vale lembrar que, no início de 2019, a tragédia de Brumadinho (MG), em que uma barragem se rompeu e matou 270 pessoas, afetou fortemente as demandas pela commodity e encareceu os custos de produção. Com isso, o município, que em 2018 tinha 0,38% participação no PIB nacional passou a ser responsável por 0,29% das riquezas brasileiras — uma queda de 0,09%.>
Já Vila Velha avançou duas posições, saiu do 88º lugar para a 86ª colocação. Apesar disso, não houve aumento de participação do município no PIB nacional, tendo igualado o resultado de 2018 (0,17%). >
O estudo do Instituto Jones e do IBGE mostrou que mais da metade das riquezas produzidas pelo Estado estão concentradas em quatro municípios. Em 2019, Serra, Vitória, Vila Velha e Cariacica, todos na Região Metropolitana da Grande Vitória, foram responsáveis por 51,4% do PIB capixaba. >
Onze municípios estão na faixa de participação entre 1% e 5% e responderam, somados, por aproximadamente 32,5% do PIB estadual. Os 63 municípios com os menores PIBs, com participação igual e inferior a 1%, representaram juntos 16,1% do PIB do Espírito Santo.>
Em 2019, a maioria dos municípios capixabas (54) tiveram os “demais serviços”, que engloba diversos segmentos, como principal atividade econômica. A administração pública, aparece em segundo, em 18 cidades. >
Em seguida, com menor peso nas economias municipais, estão aqueles com maior valor adicionado relacionado à indústria (5) e agropecuária (1), sendo que este último, que engloba as atividades agrícolas, pecuária, silvicultura e extrativa vegetal, pesca e aquicultura, apareceu, naquele ano, como atividade principal apenas em Santa Maria de Jetibá.>
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