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Puxado pelo comércio, PIB do ES cresce 0,7% no 1° trimestre de 2021

Puxado pelo comércio, PIB do ES cresce 0,7% no 1º trimestre de 2021

Segmento de serviços, fortemente impactado pela pandemia, ensaia retomada. Já a indústria teve retração de 0,8%  no período

Publicado em 15 de junho de 2021 às 17:51

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Movimentação no comércio de rua no Centro de Vitória
Movimentação no comércio de rua no Centro de Vitória. (Vitor Jubini)

Os três primeiros meses de 2021 foram de resultados positivos para a economia capixaba. Entre janeiro e março, o Produto Interno Bruno (PIB) do Espírito Santo cresceu 0,7% na comparação com o último trimestre de 2020.

Puxado pelo comércio, PIB do ES cresce 0,7 por cento no primeiro trimestre de 2021

Ao todo, a economia do Estado produziu R$ 36,1 bilhões no período. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (15) pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o avanço da economia do Estado foi de 1%.

O resultado positivo foi causado principalmente pelo bom desempenho do varejo ampliado (1,6%) e do setor de serviços (1,5%), e só não foi melhor porque a indústria geral apresentou retração de 0,8% no primeiro trimestre .

O PIB é o valor de tudo o que é produzido na economia. A contração recorde do indicador do segundo trimestre do ano passado marcou o auge das medidas de isolamento social adotadas para combater o avanço da doença que já infectou mais de meio milhão de pessoas e levou a mais de 11 mil mortes apenas no Espírito Santo.

Desde então, o Estado vem apresentando sucessivas melhoras. O primeiro trimestre deste ano foi o terceiro de resultados positivos, embora estejam em desaceleração.

De acordo com o presidente do IJSN, Daniel Cerqueira, os dados indicam que o Espírito Santo está se recuperando da crise provocada pela pandemia, e, desde que uma nova onda do coronavírus não se instale no país em função de novas variantes da Covid-19, há boas perspectivas para os próximos meses.

“O quadro é favorável. Ainda não é a hora de soltar rojões, até porque vivemos um momento triste de perda de vidas. Mas, olhando os indicadores, o cenário que vislumbramos à frente é melhor do que o que ficou para trás.”

A melhora do cenário é decorrente da flexibilização das atividades econômicas, que tem permitido a retomada dos setores de comércio, e, ainda que em menor ritmo, o de serviços, que foi um dos mais penalizados pela crise.

O desempenho da indústria ainda é um ponto de atenção, principalmente em relação ao setor extrativo, cujo desempenho, que já vinha fraco desde 2019 em nível global, piorou ainda mais pandemia.

“A indústria, no primeiro trimestre, ainda não estava com destaque que contribuísse para o crescimento do PIB, porém, mesmo ainda enfrentando dificuldades pela pandemia, o Estado já começa a apresentar um resultado positivo no comércio e nos serviços, o que é bastante positivo. E há boas perspectivas em relação ao setor industrial nos próximos meses. No mês de abril, por exemplo, já houve aumento na produção", destacou o diretor de Integração do IJSN, Pablo Lira.

Nos últimos meses, o mercado externo voltou a ficar aquecido, o que aumenta a demanda pelos produtos do Estado, que ganha também com a valorização de commodities como o petróleo e, principalmente, o minério de ferro.

PRINCIPAIS RESULTADOS

No primeiro trimestre de 2021, o PIB capixaba foi estimado em R$ 36,1 bilhões, segundo o IJSN. No acumulado em quatro trimestres, totalizou R$ 140,8 bilhões. Ainda segundo o instituto, a atividade econômica estadual apresentou crescimento em três das quatro bases de comparação temporal.

No acumulado do ano, o crescimento é de 1%. Um dos setores que mais contribuiu com esse resultado foi o comércio varejista ampliado (11,4%), com destaque para o aumento de 15,1% nas vendas de veículos, motocicletas, partes e peças, e o crescimento de 4,8% do varejo restrito.

Na sequência, vem o setor de serviços, com avanço de 0,6%. Enquanto a prestação de serviços prestados às famílias (como salões de beleza, restaurantes, hotéis, entre outros) recuou 13,6% no período, as atividades de transporte, serviços auxiliares e correios saltaram 4,4%, ajudando a balancear as perdas.

A indústria geral, por sua vez, recuou 4,8% na comparação com o mesmo período de 2020, com destaque para a retração de -26,9% do segmento extrativo, equilibrada pela expansão de 11,5% na indústria de transformação. Neste sentido, o desempenho do setor de papel e celulose é um dos que mais tem ajudado a manter o índice elevado.

Também houve oscilações nas transações com outros países. As exportações aumentaram 25,6% no acumulado do ano, e as importações subiram 0,67%. No total, as movimentações ultrapassam a cifra de US$ 3 bilhões.

Houve crescimento ainda no estoque de empregos formais. Já são cerca de 757,4 mil capixabas com carteira assinada, com saldo acumulado de 15.905 entre janeiro e março, período em que o setor de serviços liderou as contratações (6.738).

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