Profissões da área de tecnologia estarão em alta nos próximos anos
Profissões da área de tecnologia estarão em alta nos próximos anos. Crédito: Freepik

Profissões do futuro: quais carreiras serão tendências nos próximos anos

Levantamento aponta quais formações terão destaque em sete áreas, como Dados e Inteligência Artificial, Engenharia e Computação em Nuvem e Pessoas e Cultura

Tempo de leitura: 3min
Vitória
Publicado em 14/10/2023 às 19h05

Especialista em inteligência artificial, engenheiro de estabilidade de site, recrutador de tecnologia da informação, analista de qualidade e especialista em sustentabilidade são algumas das profissões consideradas do futuro, conforme apontou o Mapa do Trabalho elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Grande parte dessas carreiras está relacionada com a tecnologia. 

O tema foi detalhado pelo Observatório da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), traçando um retrato da mão de obra necessária no Estado. O número de trabalhadores que a indústria local vai precisar até 2025 é de 179 mil pessoas, sendo que 39 mil é a demanda por formação inicial (aquela disponível em cursos de qualificação) e 5,5 mil por formação inicial técnica. 

9,6 milhões

É o número da mão de obra qualificada que o Brasil vai precisar até 2025

O diagnóstico aponta as profissões em destaque em, pelo menos, três grandes áreas. A primeira delas é a de Dados e Inteligência Artificial, com ênfase para cientista de dados, engenheiro de dados, desenvolvedor de BI, entre outras carreiras.

Outra visibilidade está no segmento de Engenharia e Computação em Nuvem, em funções como engenheiro frotend e consultor de nuvem. A terceira área está descrita na parte de Pessoas e Culturas, com chances para especialista em aquisição de talentos e business partner de RH.

Também há outros quatro desdobramentos no estudo que são: Desenvolvimento de Produtos; Vendas, Marketing e Conteúdo; Economia Verde e Saúde.

Além das novas profissões apontadas no Mapa do Trabalho, também há aquelas consideradas iniciais, ou seja, que precisam de trabalhadores com qualificação básica ou técnica. Entre elas, as mais demandadas serão por trabalhadores de embalagens e etiquetagem, ajudantes de obras civis, alimentadores de linha de produção e motorista de veículos de cargas em geral. 

“Dentro do portfólio, o Senai vai direcionando, de acordo com essas ocupações em massa de trabalho, com cursos de qualificação profissional, entre 40 e 160 horas, provendo um pouco do que precisa de pessoal a curto prazo e as competências dentro da área de tecnologia. Então, tem desenvolvedor, programação, parte de logística, entre outras opções”, ressalta a gerente executiva de Educação da Findes, Tatiane Franco.

Ela destaca ainda sobre a necessidade de profissionais com formação técnica. Nesse caso, o foco está nos segmentos de logística e transporte, construção civil, metalmecânica, eletroeletrônica e tecnologia da informação.

“Dentro do mapa do trabalho, a construção civil é quase o dobro da segunda colocada, a metalmecânica, até pelo perfil do nosso Estado. Os cursos técnicos são os que geram essa primeira oportunidade para o jovem no mercado de trabalho. No Brasil, muitos preferem fazer faculdade do que esta formação, ao contrário do que acontece em outros países. As indústrias reclamam muito que não tem mão de obra qualificada”, comenta Tatiane.

Ocupações com maior demanda por formação inicial até 2025

  • Ajudantes de obras civis (3.094) 
  • Alimentadores de linhas de produção (2.955)
  • Apontadores e conferentes (635)
  • Magarefes e afins (1.785)
  • Mecânicos de manutenção de máquinas industriais (1.292)
  • Mecânicos de manutenção de veículos automotores (1.315)
  • Motorista de veículos de cargas em geral (1.929)
  • Operadores de máquinas para costura de peças do vestuário (972)
  • Padeiros, confeiteiros e afins (651)
  • Técnicos de planejamento e controle de produção (536)
  • Trabalhadores da preparação da confecção de roupas (496)
  • Trabalhadores de beneficiamento de pedras ornamentais (741)
  • Trabalhadores de embalagens e etiquetagem (3.318)
  • Trabalhadores de estruturas de alvenaria (1.750)
  • Trabalhadores operacionais de conservação de vias permanentes (exceto trilhos) (737)

Para mudar esse quadro, o desafio para o país é despertar o interesse pelo segmento técnico, para que os jovens trabalhem na indústria, mostrando as carreiras que podem ter, conforme afirma a gerente.

“A ideia é mostrar que é possível crescer profissionalmente, com um projeto de vida e carreira. Uma pesquisa feita com ex-alunos aponta que 84% deles estão no mercado de trabalho”, comenta a executiva.

Senai está com inscrições abertas para mais de 5 mil vagas em cursos de qualificação, distribuídas por 50 opções presenciais e a distância. Os interessados podem acessar o site da instituição ou procurar uma das unidades.

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