Publicado em 5 de agosto de 2020 às 16:07
Quem passa pelo Porto de Vitória, na Capital, vê estruturas gigantes, que parecem carretéis de linhas. Ali estão enrolados os dutos flexíveis, espécie de mangueiras usadas pelo setor de petróleo e gás. As peças são fabricadas há 34 anos pela Flexibras, empresa do grupo franco-americano Technip FMC, que anunciou nesta quarta-feira (5) que vai encerrar a produção desses itens no Estado. A desmobilização ocorre até dezembro deste ano. >
A multinacional se instalou no Estado em 1985 e começou a fabricação das peças em 1986. Foi a primeira planta industrial do país a fazer esse tipo de produto. Segundo a companhia, em informação divulgada com exclusividade pela colunista de Economia de A Gazeta, Beatriz Seixas, a fabricação será feita na unidade no Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro. >
A empresa ficou conhecida no Brasil pelo pioneirismo no desenvolvimento de tecnologia subsea, sendo líder no mercado mundial nesse segmento. No Espírito Santo, além da fábrica de dutos, a companhia conta com uma base logística, em Vitória, além de um Centro de Testes (Centro Tecnológico Flexibras), em Viana.>
Os dutos fabricados no Estado são colocados em navios que vão para os campos de petróleo e lá vão atuar na instalação dos tubos a estruturas submarinas, que fazem a comunicação do navio-plataforma com o poço e que oferecem também estrutura elétrica para a atividade de produção de petróleo. >
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Technip no ES
Em nota, a empresa disse que as demais atividades no Espírito Santo, conforme a organização, permanecem inalteradas e qualquer nova decisão será comunicada posteriormente. >
A empresa alegou que a decisão foi tomada por conta da queda nas atividades do mercado devido à pandemia da Covid-19 e a redução na demanda por petróleo e gás, resultando mudanças organizacionais. >
A Flexibras ocupa uma área de quase 90 mil m² no Porto de Vitória e tem mais de mil empregados diretos. Representa 15% da receita da Companhia Docas do Espírito Santo, a Codesa. >
Desde 1985 instalada em área do Porto de Vitória, a multinacional TechnipFMC teve o seu contrato de uso do espaço com a Codesa vencido em 26 de janeiro. Mas a empresa franco-americana, que é fornecedora de bens e serviços para a cadeia de petróleo e gás, conseguiu na Justiça uma decisão provisória autorizando que ela continue no local.>
Uma liminar autorizou a permanecer na área portuária até que a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) pudesse dar o aval sobre um contrato de transição. >
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