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Publicado em 21 de outubro de 2022 às 07:35
Alguns alimentos básicos que compõem o café da manhã estão sumindo da mesa dos capixabas, como é o caso da manteiga e do queijo. O preço desses laticínios acumula aumento significativo nos últimos 12 meses, o que, aliado ao encarecimento do pão, tem feito o café da manhã ficar cada vez mais "indigesto" para o consumidor do Espírito Santo e também de outros Estados.>
Segundo dados Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA), indicador medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que é considerado a inflação oficial do país, o valor de venda da manteiga avançou 22,91% no último ano na Grande Vitória. Já o queijo teve uma expansão ainda maior no preço, de 44,38%.>
Especialistas contam que a baixa oferta e o período de seca deixaram os derivados do leite bem mais caros. A redução de oferta de um produto causa o aumento de preço e a diminuição da quantidade nas prateleiras, o que pode estar acontecendo com a manteiga e o queijo. >
O período de seca provoca a entressafra do leite devido à redução de oferta de alimentos para o gado. Isso influencia nos valores, uma vez que aumenta o custo da comida da vaca leiteira. >
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O professor de Economia Fabrício Azevedo explica que a manteiga e o queijo foram atingidos pela dificuldade de se manter uma vaca leiteira produtiva. “O período de estiagem afeta o pasto e a produção da ração das vacas leiteiras. Não é uma época propícia à maior produção de leite”, conta o professor sobre um dos motivos do aumento dos derivados. >
O economista Mário Vasconcelos explica que o leite, principal componente da manteiga e do queijo, sofreu uma menor alteração no preço, por conta disso, ele acredita que a baixa oferta da manteiga tem causado o preço elevado. “Uma queda da oferta pode ser um fator para o aumento, como o leite teve uma leve redução, eu acredito que seja uma questão de oferta”, diz o economista.>
Os especialistas dão dicas de como o consumidor pode economizar na hora de preparar o seu café da manhã. Eles recomendam que o consumidor procure um produto que substitua a função da manteiga, como a margarina, ou procure por marcas mais baratas. Já quanto ao queijo, a opção é consumir menos ou buscar nas feiras, que geralmente têm preços mais acessíveis. >
Esse é o caso da professora Jacqueline Rosa, de 51 anos. Ela não deixa de consumir queijo e manteiga, mas sempre busca por marcas e opções que estejam mais acessíveis. >
“Mesmo com a alta dos preços não deixo de comprar manteiga e queijo, só pesquiso mais os preços e penso no custo-benefício do produto”, conta a professora.>
No caso do barbeiro China, de 44 anos, ele opta na hora de fazer compras por um produto que esteja mais em conta que a manteiga. Ele costuma procurar por requeijão ou margarina, por exemplo. Ele não deixa de consumir o queijo, mas procura por um que o preço não esteja tão alto. >
O barbeiro conta que gosta de fazer bolos e, para economizar, costuma fazer alteração na receita: “Se a receita pede três colheres cheias de manteiga, eu reduzo para dois colheres cheias, mas não deixo de fazer bolo”.>
Já Luiz Cláudio Matielo, de 53 anos, diz que também prefere trocar a manteiga e comprar um produto que esteja mais barato, >
“Eu compro um produto similar mais barato, ou seja, uma margarina”, relata. Quando questionado se economiza na hora de fazer uma receita, o comerciante brinca: "Eu não economizo não, eu deixo de fazer”. >
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