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Preço da gasolina sobe 12,55%; inflação fica em 1,1% na Grande Vitória

Preço da gasolina sobe 12,55%; inflação fica em 1,1% na Grande Vitória

Combustíveis foram os responsáveis por puxar o IPCA medido pelo IBGE no Espírito Santo e também em todo o país. Entenda os impactos

Publicado em 9 de abril de 2021 às 12:06- Atualizado há 3 anos

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Frentista corrige placa com preço da gasolina em posto de Colatina
Frentista corrige placa com preço da gasolina em posto: reajustes constantes. (TV Gazeta )

A alta do preço dos combustíveis, em especial a gasolina, voltou a pressionar o bolso do consumidor e a impactar a inflação na Grande Vitória, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O indicador avançou 1,1% em março em relação ao mês anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o pior resultado para março desde 2015 (1,45%).

No ano, o IPCA acumula alta de 2,55% nas principais cidades do Espírito Santo. Hoje, a meta de inflação do Banco Central para o  ano é  de 3,75%, com tolerância de 1,5% para cima (5,25%) ou para baixo (2,25%). Já a projeção de inflação está em 5%. Ou seja, o IPCA na Grande Vitória subiu, em três meses, mais que a metade da indexador projetado para 2021, e 68% da meta média da inflação. No acumulado em 12 meses, o avanço do indicador é de 7,03%.

Em meio a uma sequência de reajustes no preço dos combustíveis, os gastos com transportes avançaram, em média, 3,93% no mês passado. A gasolina, que chegou a ser vendida acima dos R$ 6 em alguns postos do Estado, acumulou inflação de 12,55% em março.

A redução temporária nos impostos sobre o óleo diesel, aplicada pelo governo federal após demandas de caminhoneiros, perdeu efeito ante ao avanço do dólar, e os preços ficaram 10,68% mais caros. Os gastos com transporte por aplicativo também subiram (1,1%).

Também houve alta no preço da habitação, que ficou 1,47% mais cara. Vale destacar que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que é o indexador utilizado na correção da maioria dos contratos de aluguel, acumulou alta de 31,1% no acumulado entre março do ano passado e março de 2021. Os gastos com artigos para residência, bem como educação, acumularam alta de 0,59%. 

Em meio aos avanços da pandemia, que levaram o governo capixaba a decretar uma quarentena em todo o Estado a partir do dia 18 de março, também cresceu a demanda por produtos e serviços de saúde e cuidados pessoais, que acumularam inflação de 0,17% no mês.

Os gastos com despesas pessoais ficaram praticamente estáveis (0,08%). Já as despesas com vestuário (-0,54%) e comunicação (-0,21%) tiveram um leve encolhimento.

Os gastos com alimentação e bebida, que puxaram a inflação ao longo de 2020, e começaram a perder fôlego em fevereiro deste ano, voltaram a diminuir em março, quando apresentaram queda de 0,51%.

INFLAÇÃO NO PAÍS

No Brasil, o IPCA acumulou alta de 0,93% em março - 0,07% acima da taxa de fevereiro (0,86%). Como no Espírito Santo, esse também é o maior resultado para um mês de março desde 2015, quando foi registrada inflação de 1,32% no país. No ano, o indicador acumula alta de 2,05%. Isso equivale a 41% da inflação projetada pelo Banco Central para 2021 (5%), e 54,6% da meta média da inflação para o ano (3,75%). No acumulado em 12 meses, o avanço do indicador é de 6,1%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, seis tiveram alta em março. Os Transportes tiveram a maior variação (3,81%), após já terem registrado alta de 2,28% em fevereiro.

“Foram aplicados sucessivos reajustes nos preços da gasolina e do óleo diesel nas refinarias entre fevereiro e março e isso acabou impactando os preços de venda para o consumidor final nas bombas. A gasolina nos postos teve alta de 11,26%, o etanol, de 12,59% e o óleo diesel, de 9,05%. O mesmo aconteceu com o gás, que teve dois reajustes nas refinarias nesse período, acumulando alta de 10,46%, e agora o consumidor percebe esse aumento”, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

Em segundo lugar, ficou Habitação, com alta de 0,81%. O grupo Alimentação e bebidas (0,13%), por sua vez, segue desacelerando.

“Os alimentos tiveram alta de 14,09% em 2020, mas, desde dezembro, apresentam uma tendência de desaceleração. Alguns fatores contribuem para isso, como uma maior estabilidade do câmbio e a redução na demanda por conta da suspensão do auxílio emergencial nos primeiros meses do ano”, comenta Kislanov.

No lado das quedas, o destaque foi o Educação, que registrou -0,52% após a alta de 2,48% observada no mês anterior. Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,07% em Comunicação e a alta de 0,69% em Artigos de residência.

*Com informações da Agência IBGE

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