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Publicado em 21 de junho de 2022 às 08:25
Tirar o carro da garagem se tornou um hábito cada vez mais difícil de manter. É que o litro da gasolina, que abastece grande parte dos veículos e impacta não apenas a rotina dos motoristas, mas o custo de frete dos mais diversos produtos, já chega a custar até R$ 7,99 no Espírito Santo, após novo reajuste.>
O preço médio do combustível nos municípios capixabas está, atualmente, em R$ 7,63, segundo o Monitor de Combustíveis da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), considerando as notas fiscais emitidas neste domingo (19). No entanto, levantamento realizado pela reportagem de A Gazeta junto a postos de nove municípios, nesta segunda-feira (20), apontou preços ainda mais elevados.>
O litro de gasolina mais caro identificado no Estado está em um posto de Colatina, na Região Noroeste, no qual quem vai abastecer precisa desembolsar até R$ 7,99, a depender da forma de pagamento. Na sequência, aparece um posto de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, onde os preços alcançam R$ 7,79. (Veja a lista completa no final da matéria.)>
Em Vitória e Serra, na Grande Vitória, os preços estão na ordem de R$ 7,59. Alguns estabelecimentos oferecem desconto de centavos, caso o pagamento seja feito à vista (dinheiro ou débito).>
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O avanço dos preços tornou-se ainda mais perceptível desde o fim de semana, quando a Petrobras aplicou novo reajuste nos valores dos combustíveis vendidos às distribuidoras. A última correção no preço da gasolina havia sido registrada em 11 de março. >
Com o reajuste, no último sábado (18), o preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passou de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro (alta de 5,18%). O diesel, que estava sem aumento há 39 dias, também ficou mais caro (14,26%).>
Para justificar o aumento, a Petrobras alegou que o mercado de petróleo passou por mudança estrutural e que é necessário buscar convergência com os preços internacionais.>
A escalada do dólar e a valorização do barril de petróleo no mercado global são os motivos para as constantes altas nos combustíveis. Desde 2017, no governo de Michel Temer, a Petrobras passou a considerar esses dois componentes para calcular o preço de venda nas refinarias.>
Essa política de preços, conhecida como paridade internacional, resultou numa queda temporária nos preços no início da pandemia, em 2020, em função da menor demanda por petróleo no mundo. Com a retomada global a partir da vacinação em 2021, o petróleo voltou a se valorizar e os combustíveis dispararam no Brasil. >
A situação, já complicada, foi agravada em 2022 pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, que voltou a desequilibrar a cadeia de oferta e resultou em aumento de preços e maior volatilidade nas cotações internacionais.>
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