> >
Maquiagem nos preços lidera a lista de reclamações da Black Friday

Maquiagem nos preços lidera a lista de reclamações da Black Friday

Dados do Procon de São Paulo mostram que a maquiagem no desconto do produto foi o principal motivo de insatisfação dos consumidores. A Gazeta monitorou o preço de cinco produtos na internet

Publicado em 29 de novembro de 2019 às 17:48

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Consumidores fizeram compras na Black Friday do Shopping Vitória . (Fernando Madeira)

Em tempo de Black Friday, muitos são os produtos que parecem estar com preço imperdível. Sabe aquela peça com desconto incrível, que ao clicar na oferta o preço mudou? Essa tem sido a principal reclamação nesta sexta-feira (29) de promoções. 

De acordo com a Fundação Procon São Paulo, até o começo da tarde desta sexta (29) foram registradas 218 reclamações referentes à Black Friday na internet. A maquiagem no desconto do produto foi o principal motivo de insatisfação, com 59 registros, 27% do total. A lista de problemas ainda contempla mudança no preço do produto na hora de finalizar a compra (23%), produto indisponível (19%) e pedido cancelado após finalização da compra (10,55%), entre outros.

A empresa com maior número de reclamações,  28 (12,85%) até o momento, foi B2W Companhia Digital, que administra americanas.com, Submarino, Shoptime, Soubarato e Lojas Americanas.  Na sequência aparecem Magazine Luiza (6,42%) e Via Varejo (5,5%), que responde por Casas Bahia, Ponto Frio e extra.com.

Já no Espírito Santo, o Procon recebeu até agora 20 queixas relacionadas a Black Friday. Preços mais altos que nos dias anteriores a campanha, descumprimento à oferta e falta de atendimento preferencial foram as reclamações. Quem se sentir lesado durante as compras, pode procurar o órgão. Munido de fotos que comprovem a oferta, o consumidor poderá registrar a reclamação por meio do aplicativo Procon-ES (disponível para Android) ou encaminhar-se à sede do Procon mais próxima.

A GAZETA MONITOROU PRODUTOS

Durante o mês de novembro, A Gazeta monitorou cinco produtos: Smart TV LED 43" Samsung,  Micro-ondas Electrolux 20 Litros, Fogão de Piso Electrolux 5 Bocas com acendimento automático, Smartphone Samsung Galaxy A50 com 64GB e Geladeira Brastemp Frost Free Duplex 375 Litros Inox. Quatro dos cinco produtos acompanhados, baixaram de preço. O único produto que não ofereceu desconto foi o celular, que manteve o valor de R$ 1.298,65 tanto nas consultas feitas no começo do mês, como nas pesquisas realizadas nesta sexta (29).

O Produto que apresentou maior desconto foi a televisão, com redução de R$ 125. A TV Smart foi de R$ 1.549,00, no começo do mês, para R$ 1.424,05 na Black Friday. Já o fogão, foi de R$ 1.493,91 para R$ 1.399,00, e a geladeira foi de R$ 1.999,00 para R$ 1.899,05. O micro-ondas foi o produto que apresentou menor desconto, apenas R$ 13, de R$ 312,00 para R$ 299,00.

CONSUMIDOR DEVE FICAR ATENTO

Não importa se a loja é famosa ou não, a orientação número um para o consumidor é ficar sempre atento. Para o advogado do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Igor Britto, os consumidores estão mais espertos e uma insistência em tentar maquiar os descontos pode fazer com que a Black Friday perca completamente o sentido nos próximos anos.

Este vídeo pode te interessar

"Se por um lado as pessoas estão mais ligada, por conta de uma experiência muito ruim, de 'black fraude', nos anos anteriores, por outro é muito ruim para o mercado continuar com a enganação. Se essa situação continua, gera um descrédito e as pessoas vão parar de poupar dinheiro para gastar nesta data. O que é uma frustração para muitos consumidores hoje, pode se transformar numa frustração grande para os comerciantes no futuro, que não vão mais conseguir convencer as pessoas a comprarem. O consumidor não tem outra opção a não ser ficar sempre muito atento", avalia.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais