Publicado em 22 de janeiro de 2020 às 11:13
A preocupação com a sustentabilidade tem provocado o aparecimento de projetos que repensam as formas de abastecer os tradicionais veículos de transporte, dispensando combustíveis não renováveis. No Espírito Santo, há jovens cientistas no percalço da inovação voltada para o meio ambiente. Entre eles está um grupo de universitários capixabas que construiu um barco movido a energia solar e, inclusive, já participou de uma competição. >
Os painéis solares são uma solução que vem mostrando sua potencialidade na produção de energia limpa. No lugar de usar combustíveis fosseis, como a gasolina e o diesel, estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), do campus Goiabeiras, em Vitória, decidiram implementar a energia solar como uma alternativa sustentável para o veículo marinho. Os criadores e desenvolvedores do barco movido a luz fazem parte do Projeto Solares e contaram a história do grupo no segundo episódio do Feito com orgulho no ES, produção do projeto do Somos Capixabas da Rede Gazeta (confira o vídeo abaixo). >
O tipo de tecnologia desenvolvida pelo Solares faz parte da chamada economia verde. Ela é definida pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma ou UNEP, em inglês) como uma economia que resulta em melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz os riscos ambientais e a escassez ecológica. >
Na prática, ela engloba uma diversidade de empreendimentos e serviços, como geração de energia renovável (fotovoltaica e hidrelétrica), veículos elétricos, tratamento de efluentes (lixo e esgoto), reutilização de bens, entre outros. >
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Para construir o barco, foi preciso a colaboração de 17 alunos de diversos cursos da Ufes. Hoje a equipe já conta com 38 estudantes, que têm entre 19 e 23 anos, das graduações das engenharias Mecânica, Civil, Elétrica e de Produção, além de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Design e Arquitetura.>
Maeli Radis
Diretoria de comunicação do projeto SolaresO casco do barco veio do Rio de Janeiro, cedido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Toda a instalação dos painéis e criação da parte elétrica foi feita pelo grupo. Por prova, que tem duração média de uma hora e meia, o barco consome 2kWh. Se fosse usada gasolina, seriam necessários dois litros.>
Enquanto estão no Solares, os estudantes conseguem treinar para o mercado de trabalho e agregar seus conhecimentos desenvolvendo ações para a comunidade. "Conseguimos fazer muitas coisas para levar o nome da Ufes para fora do Estado. Recebemos uma ajuda de custos da própria universidade e também temos patrocinadores que nos ajudam a continuar com esse trabalho", conta Maeli. >
Além do barco, o Solares também leva a alunos do ensino médio e fundamental informação sobre o que é a energia solar e como ela funciona. E, no final do ano passado, os universitários construíram um ponto de recarga para celulares e computadores que funciona a energia solar no campus de Goiabeiras. Ele fica localizado em frente ao Cine Metrópolis, na área do Centro de Vivência da Ufes, e está disponível para todos os alunos usarem.>
"Para construir ele fizemos uma vaquinha online. O objetivo era arrecadar R$ 6 mil, mas conseguimos um total de R$ 12 mil. Com esse dinheiro, arcamos com quase 90% dos custos, o restante complementamos com o caixa do projeto", lembra Maeli. Eles ainda planejam instalar painéis solares para aquecer a água usada no refeitório da universitário.>
A substituição do uso de combustíveis fósseis por energia solar vem ganhando espaço para ser utilizado em diferentes meios de transporte, como é o caso de carros, caminhões e até mesmo ônibus. A alternativa mais ecológica faz parte a economia do futuro. No Espírito Santo, jovens empreendedores já investem neste projeto. Um exemplo é o capixaba Jhonatan Thomazini, 26 anos. Formado em Economia, ele possui um olhar atento para desenvolvimento sustentável pautado na criatividade e na tecnologia.>
Ele fez um plano com metas para o uso de 100% da energia solar nas empresas de rochas ornamentais do pai em 2015. Com isso, criou usinas de energia elétrica no Norte e no Sul do Estado e, hoje, além do consumo próprio, abastece outras empresas do setor. Outras usinas foram instaladas no Ceará e em Minas Gerais. >
Já projetando os próximos passos, um dos planos do jovem empreendedor é ter ainda toda a frota de carros e caminhões da empresa totalmente elétricos. >
O Solares foi tema de vídeo do Somos Capixabas, da Rede Gazeta. O movimento veio para dar luz à diversidade do capixaba, sejam dos costumes, dos pontos turísticos, da culinária, da cultura, uma gama muito rica de vários fatores merecem ser destacados. >
Nesta segunda fase, o Somos Capixabas está foi em busca e ações realizadas para fortalecer a união e a integração das misturas do povo capixaba, enaltecendo o orgulho e criando o foco para as joias escondidas no Espírito Santo. >
Andre Furlanetto
Diretor de Marketing e Desenvolvimento Digital da Rede GazetaPara os vídeos do Feito com orgulho no ES, a base da parceria é envolver instituições de ensino, em que os estudantes que auxiliaram em pesquisas e sugestões de roteiro para temas relevantes que ajudam a contar as grandes histórias de capixabas que fazem a diferença. Foram convidadas as seguintes instituições: Vasco Coutinho, Ufes, UVV e Faesa.>
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