Publicado em 15 de janeiro de 2020 às 20:47
Depois de anos trabalhando, eis que finalmente chega a hora de requerer a aposentadoria. Porém, de 2018 até o início deste ano, tem se tornado cada vez mais difícil para os profissionais conseguirem rapidamente o benefício por tempo de serviço. Desde então, o Espírito Santo já soma 14 mil requisições de aposentadorias pendentes e o número só cresce. >
Apenas em dezembro do ano passado, no Estado, 5.665 novos pedidos foram realizados no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Esse aumento exponencial do número de trabalhadores na fila para a concessão da aposentadoria e, consequentemente, do tempo de espera pelo benefício, não é à toa. >
Desde o dia 13 de novembro do ano passado o sistema do INSS "travou". Como não ele foi atualizado às novas regras de concessão de benefícios estabelecidas pela reforma da Previdência, se tornou inviável a aprovação das aposentadorias. Com isso, os pedidos que estão sendo feitos vão automaticamente para uma longa e demorada lista de espera.>
De acordo com a Secretaria da Previdência, estão sendo ajustados seis sistemas de concessão, manutenção e pagamento de benefícios, além de atualização do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) - uma base de dados que concentra as informações de todos os contribuintes da Previdência. Por isso, os novos pedidos estão em uma longa fila de espera e ainda sem data para serem atendidos. >
>
Há ainda outros problemas que o instituto vem enfrentando, como a falta de mão de obra, que têm contribuído para que o tempo de resposta para os pedidos possa chegar a demorar 10 meses no Espírito Santo. >
Na última terça-feira (15), o Ministério da Economia anunciou medidas para reduzir as filas de espera no INSS. Entre elas está a contratação de até 7 mil militares da reserva das Forças Armadas para reforçar a atuação do instituto e reduzir a fila de espera que já soma mais de 1,3 milhão de pedidos sem resposta há mais de 45 dias em todo país, prazo legal para o atendimento.>
De acordo com o governo, parte desses militares serão direcionados às agências, enquanto os servidores serão direcionados à análise dos pedidos de benefícios. Questionado, o Ministério da Economia não informou qual será o contingente que irá atuar no Espírito Santo. Porém, informou que a seleção dos profissionais "demanda um decreto presidencial e uma portaria ministerial, que vão especificar todo o processo de contratação".>
Os reservistas receberão um adicional de 30% sobre a remuneração, que será pago pelo INSS. O custo da operação será de R$ 14,5 milhões ao mês. A estimativa é que a contratação dure nove meses, mas esse prazo pode ser prorrogado em caso de necessidade.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta