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ES cria 6,1 mil vagas de emprego em agosto e acelera retomada

ES cria 6,1 mil vagas de emprego em agosto e acelera retomada

Indústria e construção civil lideraram abertura de vagas no período. Saldo do ano, contudo, ainda é negativo

Publicado em 30 de setembro de 2020 às 15:22

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Carteira de Trabalho e previdência social
Emprego formal cresce pelo segundo mês desde o início da pandemia. . (Fernando Madeira)

O mês de agosto confirmou a tendência de retomada do emprego no Espírito Santo, após uma forte queda provocada pela pandemia do novo coronavírus. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (30), em agosto foram criadas 6,1 mil vagas formais, com carteira assinada, no Estado.

Após três meses de forte encolhimento do mercado de trabalho, no mês de julho já havia sido registrado um saldo positivo, de cerca de 2 mil postos.

A alta é puxada principalmente pela indústria, que promoveu a ampliação de quase 3 mil vagas. A construção civil e o setor de serviços também tiveram saldo positivo, ou seja, houve mais admissões do que demissões no período. 

No acumulado do ano, contudo, o Estado ainda amarga mais de 18 mil vagas de emprego fechadas.

RETOMADA GERAL

O economista-chefe da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e diretor-executivo do Ideies, Marcelo Saintive, aponta que dos 24 setores analisados, 18 tiveram saldo positivo em agosto. Entre as exceções estão agricultura (saldo de -194), administração pública, saúde e educação (-116) e artes/cultura (-72).

"Acho que é uma retomada que, se ainda não recupera tudo o que foi perdido antes, certamente é mais consistente e com perspectiva de melhora até o fim do ano e também no ano que vem", afirma.

Entre os setores com maior saldo positivo está o da indústria da transformação, com 2,8 mil vagas abertas a mais do que as fechadas.  Segundo Saintive, em agosto  houve muita atividade de manutenção e reparo de máquinas, fabricação e reparos elétricos além do setor de rochas, que foi bastante ativo.

Ele ressaltou ainda o impacto do auxílio emergencial que aumentou a demanda de vários bens de consumo, o que fez girar a economia mesmo em um período de forte crise.

"O auxílio ajudou muito no consumo das casas de renda menor. Isso tem a ver com a retomada, porque a demanda não foi tão baixa como no inicio da pandemia quando ainda não havia sido disponibilizado o recurso", avalia.

REAÇÃO RÁPIDA

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES), Paulo Baraona, o setor está aquecendo e, por ser muito intensivo em mão de obra, contribui fortemente para a retomada dos empregos.

"A construção civil é um setor que reage muito rapidamente quando a economia começa a dar sinais de recuperação. A expectativa é boa, tanto na parte imobiliária, quanto industrial e de obras públicas. Há uma gama de projetos a serem implementados e a tendência é que a geração de empregos deve aumentar", afirma.

Ele pontua ainda que, para que esse futuro se consolide, é imprescindível que o congresso aprove as reformas administrativa e tributária, para dar confiança aos investidores e compradores.

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