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Economia do ES cresce 9,8% em 2021 puxada por indústria

Economia do ES cresce 9,8% em 2021 puxada por indústria

Indicador de Atividade Econômica (IAE) produzido pela Findes mostra que o setor da construção avançou 45,8% em relação ao mesmo período de 2020 e tem ajudado a impulsionar outros segmentos da economia

Publicado em 14 de dezembro de 2021 às 13:26

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A atividade econômica capixaba cresceu 9,8% entre janeiro e setembro deste ano em relação ao mesmo período de 2020, ficando acima da média nacional (5,7%). É o que aponta o Indicador de Atividade Econômica (IAE) do Espírito Santo, elaborado pelo Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies), e divulgado pela Federação de Indústrias do Espírito Santo (Findes) nesta terça-feira (14).

O bom resultado, segundo o relatório da Findes, é influenciado por “uma base de comparação bastante deprimida” em 2020, quando, principalmente no segundo trimestre, diversas restrições foram impostas às atividades econômicas, devido à pandemia.

Construção civil
Construção de prédio na Praia do Canto. (Carlos Alberto Silva)

Contudo, em uma análise mais otimista, todos os segmentos, com exceção da agropecuária (-4,6%) apresentaram desempenho positivo no período, com destaque para o setor industrial, que teve alta de 11,7% no período, amparada, principalmente, pelo avanço da construção civil.

Entre julho e setembro, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) capixaba foi de 2,6%, também acima da média do país, cuja economia beirou à estagnação (-0,1%) no período.

É o quinto trimestre consecutivo de altas, desde a queda abrupta de 13,2% registrada no segundo trimestre de 2020, sendo que, o resultado do terceiro trimestre também foi superior ao observado no período imediatamente anterior (0,2%).

A presidente da Findes, Cris Samorini, lembrou que a melhora da pandemia possibilitou uma maior flexibilização das medidas restritivas e, consequentemente, a retomada de atividades que ainda estavam em ritmo lento em função da menor mobilidade das pessoas e da necessidade do distanciamento social. Além disso, o aumento no preço de mercado do minério e do aço contribuíram para a alta no valor das exportações.

“É importante lembrar que esse aumento se deve a fatores externos, ou seja, que não podemos controlar. Da mesma forma em que hoje estamos ‘surfando’, por exemplo com a alta das commodities, amanhã podemos ser impactados pela queda. Por isso, devemos estar atentos para 2022. É importante pensar na diversificação da matriz industrial e ainda mais em como agregar valor ao que produzimos”, ressaltou Cris.

Todos os setores da economia capixaba tiveram resultado positivo no período. As atividades de serviços, em cuja conta também entra o comércio, apresentaram crescimento de 3% em relação ao trimestre anterior. É o segmento com maior participação na economia capixaba (58%) e representa 1,9 pontos percentuais desse crescimento de 2,6%.

A indústria, que tem a segunda maior participação na economia (22%), registrou alta de 0,8%. Levaram à variação positiva o bom desempenho dos setores da construção (2,3%) e de energia e saneamento (0,3%), que contrabalancearam o leve recuo na indústria de transformação (-0,4%) e a queda na indústria extrativa (-1,9%).

Enquanto isso, a agropecuária, que representa 3% das riquezas do Estado, cresceu 1,6% no terceiro trimestre.

RETORNO AOS NÍVEIS PRÉ-PANDEMIA

No 3º trimestre de 2021, a economia do país permaneceu no mesmo patamar pré-pandemia (4º tri/2019), ao passo que a capixaba superou em 5,7% este nível, segundo relatório da Findes.

Apesar disso, a atividade econômica do estado está 6,8% abaixo do maior patamar da série (4º tri/2014), e a economia nacional encontra-se 3,4% abaixo do seu maior nível (1ºtri/2014)."

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