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Inflação faz Grande Vitória ter segundo maior custo de vida do país

Inflação faz Grande Vitória ter segundo maior custo de vida do país

O IPCA na região metropolitana atingiu a marca de 12,26% em 12 meses, segundo o IBGE. No país, inflação já tem o maior pico desde o último registrado em 2016, no governo Dilma

Publicado em 10 de dezembro de 2021 às 12:13

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BR 262 em Jardim América - Paralisação dos rodoviários gera ônibus lotados e congestionamento no trânsito da Grande Vitória
Trânsito na Grande Vitória: a maior expansão dos preços está nos serviços de transporte. (Fernando Madeira)

A inflação na Grande Vitória atingiu a marca de 12,26% em 12 meses, a segunda maior alta no país, segundo a Pesquisa Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados são de dezembro de 2020 a novembro deste ano e foram divulgados nesta sexta-feira (10). O indicador mais alto é de Curitiba (PR), que apresentou um índice de 13,71% no período.

No ano, considerando os 11 meses de 2021, a variação foi de 10,69%. Em novembro, a inflação ficou em 1,01% na Região Metropolitana capixaba, de acordo com o instituto.

No país, a inflação em 12 meses, de 10,74%, é a maior desde o pico de 10,71% atingido em janeiro de 2016 no governo Dilma Rousseff, período em que houve a crise fiscal, causando, assim, um movimento inflacionário.

Segundo o IBGE, na Grande Vitória, a maior expansão dos preços está nos serviços de transporte, que no ano alcançaram valorização de 20,64%. Depois vêm os gastos com habitação, 15,85%. Já alimentação teve variação de 7,72% nos gastos entre janeiro e novembro deste ano.

DADOS DO PAÍS

A inflação caiu para 0,95% em novembro, após registrar 1,25% em outubro, mas foi a maior para o mês desde 2015 (1,01%). No ano, o indicador acumula alta de 9,26% e, nos últimos 12 meses, de 10,74%, acima dos 10,67% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. O acumulado em 12 meses, inclusive, foi o maior desde novembro de 2003 (11,02%). Em novembro de 2020, a variação mensal foi de 0,89%.

A alta foi puxada pelos transportes (3,35%), influenciados pelos preços dos combustíveis, principalmente, da gasolina (7,38%), que teve, mais uma vez, o maior impacto individual no índice do mês (0,46 p.p.). Houve altas também nos preços do etanol (10,53%), do óleo diesel (7,48%) e do gás veicular (4,30%). Com o resultado de novembro, a gasolina acumula, em 12 meses, alta de 50,78%, o etanol de 69,40% e o diesel, 49,56%.

Os preços dos automóveis novos (2,36%) e usados (2,38%) também pesaram na inflação do mês. Já as passagens aéreas recuaram 6,12% em novembro, após as altas de 28,19% em setembro e 33,86% em outubro.

Em habitação (1,03%), segundo maior impacto (0,17 p.p.) no índice geral, o resultado ficou próximo ao do mês anterior (1,04%), pressionado, novamente, pela energia elétrica (1,24%).

“Além da bandeira tarifária da Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos, em vigor desde setembro, houve reajustes nas tarifas em Goiânia, Brasília e São Paulo. Em Belém e Porto Alegre o recuo decorreu da redução da alíquota de PIS/Cofins”, detalha o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.

Destaca-se ainda a alta de 2,12% no gás de botijão, que já subiu 38,88% nos últimos 12 meses.

Inflação desacelera com descontos da Black Friday

Por outro lado, o índice geral de novembro desacelerou com o recuo em alimentação e bebidas (-0,04%), devido à queda de 0,25% na alimentação fora do domicílio, influenciada pelo lanche (-3,37%). Já a refeição (1,10%) acelerou em relação ao mês anterior (0,74%).

Houve quedas ainda mais intensas no leite longa vida (-4,83%), no arroz (-3,58%) e nas carnes (-1,38%), pressionando a alimentação no domicílio (0,04%). Por outro lado, houve altas expressivas nos preços da cebola (16,34%), que havia caído em outubro (-1,31%), e do café moído (6,87%). Outros subitens, como o açúcar refinado (3,23%), o frango em pedaços (2,24%) e o queijo (1,39%) seguem em alta.

Também influenciou a desaceleração do índice o grupo saúde e cuidados pessoais (-0,57%), consequência da queda nos preços dos itens de higiene pessoal (-3,00%), sobretudo, dos perfumes (-10,66%), os artigos de maquiagem (-3,94%) e os produtos para pele (-3,72%).

Além disso, a variação dos planos de saúde (-0,06%) segue negativa, refletindo a redução de 8,19% determinada em julho pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos de saúde individuais. No lado das altas, os preços dos produtos farmacêuticos subiram 1,13%.

“A Black Friday ajuda a explicar a queda tanto no lanche quanto nos itens de higiene pessoal. Nós observamos várias promoções de lanches, principalmente nas redes de fast food no período. E no caso dos itens de higiene pessoal, várias marcas nacionais deram descontos nos preços dos produtos em novembro. No Brasil, diferente de outros países, os descontos não são centrados em um único dia. Os descontos acabam sendo dados ao longo do mês”, explica Pedro Kislanov.

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A inflação caiu para 0,95% em novembro, após registrar 1,25% em outubro, mas foi a maior para o mês desde 2015 (1,01%). No ano, o indicador acumula alta de 9,26% e, nos últimos 12 meses, de 10,74%, acima dos 10,67% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. O acumulado em 12 meses, inclusive, foi o maior desde novembro de 2003 (11,02%). Em novembro de 2020, a variação mensal foi de 0,89%.

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