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Desemprego: “Venho para rua pedir serviço”, diz pintor pai de 5 filhos

Desemprego: “Venho para rua pedir serviço”, diz pintor pai de 5 filhos

Edalmo Paulo, de 50 anos, está desempregado há oito meses. A dificuldade em manter o sustento da família levou o pintor às ruas de Vitória para pedir ajuda

Vitor Recla*

Curso de Residência em Jornalismo / [email protected]

Publicado em 21 de outubro de 2022 às 14:30

O desemprego no país tem sido uma triste realidade para mais de 10 milhões de brasileiros, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E a missão de conseguir um emprego tem sido uma tarefa árdua para o pintor Edalmo Paulo, de 50 anos, que está desempregado há oito meses. Ele busca nas ruas da Grande Vitória a oportunidade de trabalhar e levar o sustento para sua família.

Pai de cinco filhos, atualmente com uma renda mensal de R$ 600 do Auxílio Brasil, Edalmo mora de aluguel com a esposa e os filhos em uma casa no bairro Joana D’Arc, em Vitória. A dificuldade em manter o sustento da família levou o pintor às ruas para pedir emprego ou qualquer outro tipo de ajuda de pessoas que, diariamente, passam pelo cruzamento da Reta da Penha com à Avenida Desembargador Santos Neves.

Edalmo pede ajuda no cruzamento da Reta da Penha com a Avenida Desembargador Santos Neves
Edalmo pede ajuda no cruzamento da Reta da Penha com a Avenida Desembargador Santos Neves Crédito: Montagem | Vitor Recla

"Eu venho para pedir serviço, mas a situação está feia lá no meu barraco. Eu tenho que pedir ajuda de comida também, ou serviço, o que me derem para eu poder estar comprando também (comida). Faço qualquer coisa"

Edalmo Paulo

Pintor desempregado

Por se encontrar nessa situação, Edalmo se emociona ao falar sobre o momento em que vive. “A situação não está boa, não”, afirma o pintor.

Edalmo leva cartaz escrito ao semáforo para pedir ajuda
Edalmo leva cartaz escrito ao semáforo para pedir ajuda Crédito: Vitor Recla

Edalmo afirma ainda que realizava alguns trabalhos temporários como pintor, mas que recentemente não têm encontrado oportunidades para desempenhar a função. Ele conta que faz de tudo para ver a alegria dos filhos, e que a melhor alternativa no momento é pedir. “Roubar não é uma opção”, finaliza.

*Vitor Recla é aluno do 25º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta. Este conteúdo teve a supervisão da editora Amanda Monteiro.

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