Publicado em 23 de setembro de 2020 às 17:41
Há 247 mil trabalhadores desocupados no Espírito Santo segundo dados de agosto da Pesquisa Nacional de Domicílios (Pnad Covid) do IBGE divulgada nesta quarta-feira (23). Esse número representa 12,6% do total. No Brasil, a taxa de desocupação já está em 13,6% e vem aumentando mês após mês desde o início da pandemia do coronavírus.
No Estado, em maio, essa taxa era de 9,6%. Foi registrado um crescimento de 31% no período. Contudo, os dados mostram uma desaceleração nessa tendência. Entre julho e agosto, o crescimento foi de pouco mais de 1,6% contra 14% entre junho e julho.
Já o número de pessoas afastadas do trabalho por causa do distanciamento social caiu significativamente. Eles eram 256 mil em maio e agora são 76 mil trabalhadores, uma redução de 70%. Em agosto, eles representaram 4,4% da população ocupada. A Pnad mostra, contudo, que entre as pessoas afastadas do trabalho, 31 mil deixaram de receber remuneração.
Essa tendência se deve principalmente às medidas de flexibilização em relação às atividades econômicas que ocorreram em todo o país. No Estado, por exemplo, houve a liberação, ainda que com restrições, do funcionamento de comércios não essenciais e restaurantes.
Entre as Unidades da Federação, o Acre apresentou a maior proporção de pessoas ocupadas afastada do trabalho que tinha devido ao distanciamento social, 12,4%. Com exceção do Acre, Amapá e Rondônia, todas as Unidades da Federação registraram quedas no percentual de pessoas ocupadas afastadas do trabalho devido ao distanciamento social em agosto, frente a julho.
Segundo o IBGE houve aumento de 6% no número de trabalhadores que atuam em home office entre julho e agosto. No mês de referência eles eram 118 mil.
O trabalho remoto no Estado atingiu o auge em junho, quando 138 mil pessoas (o equivalente a 9,3% dos trabalhadores ocupados) estavam atuando fora do local de trabalho.
Os dados da Pnad mostram ainda o avanço do auxílio emergencial nos lares do Espírito Santo. Em maio, segundo mês de pagamento do benefício, 38% dos domicílios contavam com pelo menos um beneficiário. Em agosto, já eram 45,3% das famílias nessa situação.
Norte e Nordeste apresentaram as maiores proporções de domicílios onde um dos moradores é beneficiário de programa de auxílio emergencial. Da Região Norte, três Estados estão entre os cinco primeiros com maior percentual: Amapá (71,4%); Maranhão (65,5%); Pará (64,5%); Alagoas (63,5%) e Amazonas (61,9%).
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta