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Comércio e serviços aceleram criação de empregos no ES: veja por cidade

Comércio e serviços aceleram criação de empregos no ES: veja por cidade

Municípios em que a economia se apoia nesses dois setores, como Vitória e Guarapari, têm avançado na recuperação de postos de trabalho. Das 78 cidades do Estado, 66 tiveram saldo positivo em outubro

Publicado em 26 de novembro de 2020 às 21:51

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Movimento do comércio em Laranjeiras, na Serra
Movimento do comércio em Laranjeiras, na Serra: cidade tem o maior saldo de empregos do ES em 2020. (Ricardo Medeiros)

Na corrida pela retomada do emprego formal - aquele com carteira assinada - durante a crise econômica do novo coronavírus, alguns municípios estão "acelerando" mais do que outros. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, municípios como Vitória, Cariacica e Guarapari têm conseguido aumentar mês a mês o volume de vagas criadas após quedas drásticas na oferta de empregos entre abril e junho.

Essas são cidades que têm forte participação do comércio e dos serviços na economia. Esses dois setores, juntos, foram responsáveis pro criar quase 6 mil vagas em outubro no Espírito Santo, puxando a geração de empregos no mês. No mês anterior, eles haviam registrado saldo positivo de 4 mil.

Em Vitória, os números vêm subindo de forma sustentada desde julho e, em outubro, chegaram a 1.293 novas vagas. Ainda assim, a Capital amarga um déficit de 2,9 mil postos no acumulado do ano. Isso porque o número de vagas criadas até então não foram suficientes para reverter as mais de 6,5 mil perdidas de março a junho.

Cariacica está em situação parecida. As perdas de postos de trabalhos formais no auge da crise chegam a 3,1 mil vagas. Porém, desde julho, a cidade tem conseguido abrir novas vagas a cada mês. Em agosto, o saldo foi de 361, em setembro de 593 e em outubro de 723.

Guarapari também se destaca. Depois de fechar postos de trabalho de janeiro a julho deste ano, a cidade, cuja economia depende em grande parte do turismo, hotelaria e alimentação, vem se recuperando. Em outubro, foram abertos 349 postos, mais que o dobro do mês anterior.

Já a Serra, que já tinha o maior saldo de empregos do Estado no ano, com 3.355 contratações a mais do que demissões em 2021, tem mantido um ritmo alto porém estável de criação de novos postos de trabalho. Em outubro foram 2,2 mil vagas, valor igual ao mês anterior.

RECUPERAÇÃO UNIFORME

O economista-chefe da Findes e diretor executivo do Ideies, Marcelo Saintive, avalia que os dados do Caged demonstram uma retomada econômica mais lenta do que o desejado pelos empresários porém relativamente uniforme entre os setores da economia e entre as diferentes cidades.

Dos 78 municípios do Espírito Santo, 66 tiveram saldo positivo de emprego em outubro. Outros três ficaram neutros (com contratações iguais ao numero de demissões) e nove tiveram saldo negativo no mês, contudo, todos menores que 10 vagas.

"Quando a gente analisa os municípios com estoque de emprego maior que 30 mil, apenas Conceição da Barra teve saldo negativo, mas foi de uma vaga. A Serra, que concentra atividade industrial que não foi interrompida durante a pandemia, está puxando a economia, mas todos os municípios de alguma forma contribuem para o saldo positivo do Estado", aponta.

Sobre Vitória, Saintive lembra que a cidade é fortemente apoiada no setor de comércio e serviços. Esses setores, como esperado, são os que demoram mais para retomar as atividades por conta de todas as medidas de distanciamento social e outras restrições.

O especialista também chama a atenção para a criação de 1,8 mil vagas na indústria, que também tem tido resultados positivos sucessivos.

"Entre os 24 setores da indústria de transformação analisados, 21 apresentaram saldo positivo. Não são alguns setores específicos puxando a retomada da economia, é um movimento mais geral e mais amplo", diz.

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