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Publicado em 16 de junho de 2023 às 15:31
O bombom Serenata de Amor, da Garoto, é um dos patrimônios dos capixabas, junto com o Convento da Penha e a moqueca. Mas quem fala do produto frequentemente acrescenta que ele "não é o mesmo de antigamente". E isso é verdade! A informação foi confirmada pelo diretor da fábrica da Garoto no Espírito Santo, Michey Piantavinha, em entrevista à rádio CBN Vitória, na manhã da última quinta-feira (15).>
Michey Piantavinha
diretor da fábrica Garoto no Espírito SantoO diretor, que está na Garoto desde a década de 1990, diz, contudo, que a diferença não é tão grande quanto as pessoas pensam e permitiu atingir um novo perfil de consumidor. "Posso garantir que não é uma diferença tão gritante assim. Eu sou um 'dinossauro' da Garoto e a gente sabe muito bem o que foi alterado.">
A primeira justificativa da Garoto para as mudanças é mercadológica, ou seja, os concorrentes mais diretos começaram a fazer alterações e, para não ficar para trás, a Garoto precisou acompanhar. >
A segunda tem a ver com a qualidade que o produto chega até o consumidor e ela inclui as alterações na embalagem, que não é mais feita de plástico com alumínio retorcido nas pontas, chamadas de "orelhinhas". >
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"O Serenata com orelhinhas nos trazia muitos problemas nos pontos e venda. São produtos vendidos avulso. (As embalagens) ficavam abertas, trazia problemas de infestação, o bombom ficava murcho", lembra.
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Com a troca pela embalagem plástica selada, a empresa conseguiu garantir que o produto ficasse protegido do meio externo e, assim, checasse melhor e mais crocante para os clientes finais. >
Por conta das alterações, o produto deixou de ser classificado como bombom e passou a entrar na classificação de wafer. Enquanto chocolates e produtos fabricados com ele estão sujeitos à alíquota de 5% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o wafer paga 0% dessa tributação. Essa simples mudança na classificação do produto tem um potencial enorme de gerar economia para os cofres das indústrias.
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De acordo com o diretor, porém, não foi essa a motivação principal. "(As questões de alíquota tributária) são consequência. A mudança originalmente foi para garantir a crocância", apontou. Outra vantagem da nova embalagem, sem as orelhinhas, é que ela é totalmente reciclável. >
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